
A partir desse envolvimento é que tive contato com outras fontes da questão ambiental, tais como o historiador José Augusto Pádua, o ambientalista José Lutzenberger e o pesquisador José Augusto Drummond, dentre tantos. Aliás, a vida de José Lutzenberger foi tema de minha monograf

A primeira obra de James Lovelock que li foi “A Vingança de Gaia”, onde o autor expõe sua teoria sobre um Planeta Vivo que possui autoregulaçao. Ou seja, a superfície da Terra, que sempre temos considerado o meio ambiente da vida, é na verdade parte da vida. A manta de ar - a troposfera - deveria ser considerada um sistema circulatório, produzido e sustentando pela vida... Quando os cientistas nos dizem que a vida se adapta a um meio ambiente essencialmente passivo de química, física e rochas, eles perpetuam uma visão mecanicista seriamente distorcida, própria de uma visão de mundo falha. A vida, efetivamente, fabrica, modela e muda o meio ambiente ao qual se adapta. Em seguida este 'meio ambiente' realimenta a vida que está mudando e atuando e crescendo sobre ele. Há interações cíclicas, portanto, não-lineares e não estritamente determinista". Na verdade, A Vingança de Gaia foi um apelo para despertar a humanidade em relação à destruição do meio ambiente. Parece, entretanto, que o apelo não surtiu o esperado efeito. Tempo atrás escrevi aqui a respeito. (http://profjairobrasil.blogspot.com/2010/01/vinganca-de-gaia-ii.html).

Se observarmos nosso comportamento, nada mudou nos últimos anos, embora todos os avisos e alertas. A Religião do Progresso aliada à ideologia da Sociedade Industrial, como bem observou Lutzenberger em seu Manifesto Ecológico Brasileiro de 1980, possui adoração incondicional pela máquina e pela produção, com um fervor missionário e uma força de convicção jamais vistos na história da humanidade. Em todas as esferas da Economia Moderna só se fala em “crescimento”. Mas a pergunta que fica é: Até quando? Note que nenhum empreendimento, seja público ou privado, abdica de crescer em algum nível percentual ano a ano. Parece que não temos mais medidas no uso dos recursos naturais disponíveis. Até mesmo a população mundial não pára de crescer, tal como Lutzenberger observou, adotando o termo Avalanche Humana.
Recentemente, James Lovelock reconheceu que sua obra “A Vingança de Gaia”, cujo maior objetivo era um apelo para alertar a humanidade, não surtiu efeito. Por isso, resolveu publicar “Gaia: Alerta Final”, advertindo que os problemas ambientais do século XXI são ainda mais ameaçadores do que havia denunciado anteriormente: as calotas polares estão derretendo de modo acelerado, e a escassez de água e os desastres naturais são ocorrências mais comuns que em qualquer outra época da historia recente. As civilizações de muitos países estarão ameaçadas, e a vida, tal como a conhecemos, corre sérios riscos.
Observadores profissionais revelam que a maioria das previsões sobre a velocidade das mudanças climáticas no planeta subestimou seu impacto e rapidez, que, hoje, podem avaliados de modo

Parece-me, então, que pouca coisa se tem a comemorar nesse dia 05 de junho. Além disso, quando cientistas e ambientalistas ressaltam a importância de uma nova forma de encarar a vida no Planeta, corriqueiramente são taxados de catastrofistas ou de se transformarem em obstáculos para o crescimento econômico da humanidade. Creio que o tempo será o grande e impiedoso juiz desta causa. A não ser que...
Um comentário:
Meu caro Jairo,
Visito teu blogue no aeroporto de Porto Velho retornando à Porto Alegre, fazendo escalas em Cuiabá / Campo Grande / Curitiba, chegando a meia noite. Por coincidência teu blogue e o meu buscaram a mesma inspiração: James Lovelock.
Concordo contigo, pelo visto estes quatro dias de Rondônia, que não que comemorar na data de hoje.
Com renovada esperança
attico chassot
http://mestrechassot.blogspot.com
www.atticochassot.com.br
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