04 abril 2007

INDIVIDUALIDADE X SOLIDARIEDADE

Ontem (03/04) pude comprovar o quanto nós, sujeitos do mundo pós-moderno, somos avessos ao pensamento coletivo que tanto preponderou entre as gerações de nosso pais e avós. Lembram das sociedades e dos clubes? Aqueles onde as pessoas se reuniam para jogar bocha, jogar boliche, entoar cantos ou até mesmo para jogar cartas?

Perguntei-me: porque tudo isso está sendo trocado no mundo moderno pela individualidade e egoismo de uma vida centrada no imediatismo ou na resolução pura e simples dos problemas particulares? Os problemas de meus amigos também não são meus problemas?

Pois ao sair da Escola, meu carro mostrou o quanto a tecnologia muitas vezes se vinga de nós, tal qual os exemplos abordados por Edward Tenner em sua recente obra de resgate histórico tecnológico.

Pois bem! Precisei deixá-lo numa garagem e quando retornei à Escola para pedir um socorro, não houve quem se dispusesse a pelo menos deixar-me na estação do metrô para que voltasse para casa. Com exceção de uma pessoa que parece não estar "alinhada" aos novos tempos da Modernidade.

É nessas horas que se pode amealhar algum fio de esperança de que a marca da solidariedade ainda está presente em nossa brutal realidade. Não vou aqui expor o nome do amigo que se propôs me socorrer, ou até mesmo insistiu comigo: "Eu vou deixá-lo em casa". E isso, mesmo após minha insistência de que não havia necessidade.

É por tudo isso que ainda continuo acreditando nas pessoas. Se não em todas, pelo menos em algumas que demonstram não ter perdido - graças a Deus - o espírito de solidariedade.

Obrigado, meu amigo!!!

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