Outros dados mostram que 71,8% dos moradores de rua da Capital têm até 44 anos e 46,4% têm como escolaridade o ensino fundamental incompleto.
O conjunto dos dados empíricos obtidos está organizado em um banco de dados que pode proporcionar a elaboração de novas pesquisas sobre o tema e o cruzamento entre variáveis das diversas questões abordadas, subsidiando ações da prefeitura. Ao cadastrar as pessoas adultas em situação de rua em Porto Alegre, o estudo definiu esta população como todas as pessoas que se encontrassem em abrigos e albergues destinados ao acolhimento ou abrigo temporário, assim como aqueles que se encontrassem em atividades de perambulação pelas ruas ou que dissessem fazer da rua seu local de existência e habitação, mesmo que temporariamente.
Quanto aos motivos de ida para as ruas, a grande maioria dos entrevistados (41,1%) atribui sua situação a rupturas familiares – por maus tratos, desavenças, rejeições, falta de apoio, ameaças, abandono, por separação ou morte. Incluindo nesse tipo de justificativa problemas com bebidas alcoólicas, drogas ou tráfico na família, o percentual seria acrescido de 3,2%, chegando a um total de 44,3%. A segunda razão mais referida, com um total de 22,8%, é a carência de condições materiais e financeiras, notadamente relativas ao desemprego e à busca de trabalho ou de alguma forma de renda ou auxílio (16,3%), seguida da perda da moradia (6,5%). O consumo de álcool, drogas ou fumo por parte do entrevistado aparece em terceiro lugar, com 12,1% das razões citadas.
Outros dados
Idade
71,8% têm até 44 anos
Escolaridade
46,4% cursaram o Ensino Fundamental Incompleto
Utilização de abrigos
60% dormem lugares de risco ou improvisados
35% dormem em abrigos e albergues
Sustento
29,1% têm ganho mensal de até meio salário mínimo
Fonte de renda
22,9% pelo recolhimento de material na rua
15% por meio de esmola
12,3% pela guarda e lavagem de carros
Alimentação
34,6% recebe doações em residências, restaurantes ou nas ruas.
De posse desses dados a FASC implementou o Projeto RAP – Reinserçao da Atividade Profissional, onde a população em situação de risco tem a possibilidade de retornar ao seio da sociedade, através de uma oportunidade de emprego depois de um curso de formação. Além da parte prática, onde professores especialistas ensinam atividades de servente de pedreiro, pintura predial, hidráulica e serviços gerais, os alunos recebem conhecimentos básicos de Português, Matemática e Segurança do Trabalho.
Foi nesse projeto que me envolvi nos meses de novembro e dezembro de 2009, e fevereiro e março de 2010. Ministrando Fundamentos de Segurança do Trabalho, por um convite inicial da Engenheira Tânia Appel Pereira, colega de docência e parceira em projetos educacionais, meu aprendizado foi muito grande nesta atividade. Pude perceber o quanto essas pessoas,muitas vezes abandonadas pelos parentes e pela própria sociedade, são capazes de demonstrar amor e afeto àqueles que os valorizam. Foi assim que observei o relacionamento entre a Profa. Marisa Stolnik, o coordenador geral Juarez Vasques e o encarregado Gustavo Brum e os alunos. Também houve muita dedicação dos professores participantes do projeto, e com os quais pude ter contato: as professoras de Português, Gabrielle e Alessandra, o professor de Matemática, José Miguel, e o colega de Segurança do Trabalho, Marco Igor. Cabe lembrar também a atuação de destaque daqueles mestres que trabalharam a parte prática: Servente de Pedreiro, professora Claudia Jaqueline, Serviços Gerais, professores Alexandre e Marcos Vinicius, Hidráulica, professor João Gabriel, Pintura Predial, professor Sandro Roberto.
Nesta quarta-feira, dia 24 de março, mais uma turma de alunos do Projeto RAP 2009/2010 terá sua formatura. Será um momento especial para estas pessoas que, certamente, terão a oportunidade de reingressar no mercado de trabalho, depois de, não só terem acumulado conhecimentos, mas principalmente, terem resgatados a cidadania e a autoestima. E isso, graças ao trabalho da FASC e dos idealizadores do projeto.
A marca maior dessa nossa atuação é a expectativa de um dia encontrá-los atuando no mercado de trabalho. Tal como acontece com nossos fazeres nas escolas técnicas regulares, a maior satisfação de um docente é comprovar a eficácia de suas práticas pedagógicas. Ainda mais quando se trata de pessoas tão especiais.
Idade
71,8% têm até 44 anos
Escolaridade
46,4% cursaram o Ensino Fundamental Incompleto
Utilização de abrigos
60% dormem lugares de risco ou improvisados
35% dormem em abrigos e albergues
Sustento
29,1% têm ganho mensal de até meio salário mínimo
Fonte de renda
22,9% pelo recolhimento de material na rua
15% por meio de esmola
12,3% pela guarda e lavagem de carros
Alimentação
34,6% recebe doações em residências, restaurantes ou nas ruas.
De posse desses dados a FASC implementou o Projeto RAP – Reinserçao da Atividade Profissional, onde a população em situação de risco tem a possibilidade de retornar ao seio da sociedade, através de uma oportunidade de emprego depois de um curso de formação. Além da parte prática, onde professores especialistas ensinam atividades de servente de pedreiro, pintura predial, hidráulica e serviços gerais, os alunos recebem conhecimentos básicos de Português, Matemática e Segurança do Trabalho.
Foi nesse projeto que me envolvi nos meses de novembro e dezembro de 2009, e fevereiro e março de 2010. Ministrando Fundamentos de Segurança do Trabalho, por um convite inicial da Engenheira Tânia Appel Pereira, colega de docência e parceira em projetos educacionais, meu aprendizado foi muito grande nesta atividade. Pude perceber o quanto essas pessoas,muitas vezes abandonadas pelos parentes e pela própria sociedade, são capazes de demonstrar amor e afeto àqueles que os valorizam. Foi assim que observei o relacionamento entre a Profa. Marisa Stolnik, o coordenador geral Juarez Vasques e o encarregado Gustavo Brum e os alunos. Também houve muita dedicação dos professores participantes do projeto, e com os quais pude ter contato: as professoras de Português, Gabrielle e Alessandra, o professor de Matemática, José Miguel, e o colega de Segurança do Trabalho, Marco Igor. Cabe lembrar também a atuação de destaque daqueles mestres que trabalharam a parte prática: Servente de Pedreiro, professora Claudia Jaqueline, Serviços Gerais, professores Alexandre e Marcos Vinicius, Hidráulica, professor João Gabriel, Pintura Predial, professor Sandro Roberto.
Nesta quarta-feira, dia 24 de março, mais uma turma de alunos do Projeto RAP 2009/2010 terá sua formatura. Será um momento especial para estas pessoas que, certamente, terão a oportunidade de reingressar no mercado de trabalho, depois de, não só terem acumulado conhecimentos, mas principalmente, terem resgatados a cidadania e a autoestima. E isso, graças ao trabalho da FASC e dos idealizadores do projeto.
A marca maior dessa nossa atuação é a expectativa de um dia encontrá-los atuando no mercado de trabalho. Tal como acontece com nossos fazeres nas escolas técnicas regulares, a maior satisfação de um docente é comprovar a eficácia de suas práticas pedagógicas. Ainda mais quando se trata de pessoas tão especiais.
Um comentário:
Muito prezado colega e amigo Jairo,
mais uma vez num domingo ofereces a teus leitores dados muito significativo. Devo dizer que as informações que trazes acerca da população de rua de Porto Alegre é algo muito impressionante e inimaginável. Que outro mundo existe nas nossas calçadas!
Congratulo-me pela tua inserção social fazendo inclusão de muitos.
Com admiração os agradecimentos pela maneira que teu blogue ajuda na minha alfabetização científica
attico chassot
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