20 setembro 2013

NO HALL DA FAMA: TRÊS ESCOLAS, TRÊS HISTÓRIAS

A atividade docente é uma das que mais prazer me dá. Além de participar na formação de futuros profissionais, e isso talvez seja o que mais gratifica nesta atividade, recebemos os mais variados perfis na Escola Técnica. Dentre estes alunos e alunas, alguns já vem talhados pelo dom artístico e nos reservam momentos impensados. Isso não quer dizer que deixe de admirar alunos e alunas que possuem outras competências e habilidades destacadas, e que já foram motivo de exposição aqui neste Blog. Mas esta semana, quero abrir espaço para aqueles que sabem expressar o dom artístico em outras áreas, e que me emocionaram na medida em que tomei conhecimento.

Neste caso, faço referencia a três alunos que me surpreenderam e com os quais pude compartilhar momentos bem interessantes. Na verdade, são duas alunas e um aluno, os quais considero personagens que poderiam deixar suas mãos marcadas no Hall da Fama de nossos cursos técnicos.

Primeiramente quero falar da Rita Rosa, uma aluna que frequentou o curso há cerca de dois anos atrás, e acabou desistindo, pois decidiu que não era o que lhe satisfazia como profissão. Hoje conversando com ela, observo a maturidade de sua decisão. E naquela oportunidade pude notar o poder de argumentação quando tratávamos de assuntos de cunho social. Pois a Rita me surpreendeu por seu dom artístico. Ela era atriz e eu não sabia. Somente fui tomar conhecimento ao reconhecê-la num comercial da Trensurb chamado "Tudo na vida são conexões". Foi uma grata surpresa e depois aprofundei o contato e soube que ela estava muito feliz em se decidir pelo abandono do curso que fazia. Por isso, resolvo mostrar neste vídeo abaixo, o grande talento desta que foi minha aluna na Escola Técnica Cristo Redentor da Assis Brasil. Foi muito emocionante assistir a Rita Rosa num papel materno do comercial da Trensurb, quando se sabe o quanto se restringem oportunidades por preconceito de raça e de cor, tanto na televisão quanto no cinema, prá não falar em outros lugares. Vejam abaixo a excepcional performance da Rita.


Um outro que figura neste meu Hall da Fama, chama-se Wagner Weber. Logo que o conheci lembrei de um personagem que fez parte de minha infância, pois minhas primeiras leituras foram as histórias em quadrinhos. Ele fazia parte da galeria da Harvey Comics, uma turma seleta como o fantasminha Gasparzinho, a bruxinha Luisa e o capetinha Brasinha. Mas a esse que me refiro, ele se chamava Miudinho, um gigante simpático e bonzinho que não assustava as crianças. E o Wagner parecia o Miudinho. Pois bem, não me enganei. Uma noite, no intervalo das aulas da Escola Unipacs de Esteio, ele me fez o convite  para assisti-lo defendendo as cores do Porto Alegre Pumpkins, uma equipe de futebol americano em que jogava. Infelizmente não pude prestigiar o talento do Wagner, mas a forma amável e simpática com que me fez o convite obrigou-me a escarafunchar na internet para vê-lo em ação. E por vezes ele me manda notícias por e-mail me colocando a par dos confrontos do Pumpkins. Quem sabe um dia destes me programe para assisti-lo. 
Porto Alegre Pumpkins: o Wagner é o primeiro da esquerda
Por fim, tive outra destas alunas que também deve figurar no Hall da Fama e que, durante as aulas, jamais imaginei fosse dona de um dom artístico tão excepcional. E um dom dos que mais me cativa, o da voz extremamente afinada. Foi no ano passado que conheci a Daniele Alves Rodrigues, ou artisticamente a cantora “Ny Valêncio”, vocalista da Banda Dekalc. Mas como a conheci? Não em sala de aula, pois jamais se mostrou ou exibiu seus dotes artísticos ali. Se mostrou sempre atenta e com desempenho irrepreensível na disciplina em que foi minha aluna da Escola Factum de Porto Alegre. Eu conheci a Daniele artisticamente por indicação de uma de suas fãs, que era minha aluna em outra escola. Numa de nossas aulas, essa fã, que era minha aluna, perguntou se a Ny Valencio era minha aluna. Disse que não lembrava, pois a quantidade de alunos dificulta essa distinção quase sempre. Mas quando me mostrou o Clipe da Danilele (Ny Valêncio) interpretando a canção “Encanto”, fui tomado de emoção e uma grande paixão pelo seu timbre vocal. (Aliás, como fã incondicional, já recebi um CD autografado da cantora.) Basta que vocês cliquem e apreciem e depois me digam se não tenho razões para tal.


Estes símbolos que agora integram meu Hall da Fama, e já tive outros que poderiam compô-lo, me deixam bastante envaidecido. Torço para que o futuro seja muito dadivoso com todos os três, e que mesmo que não adiram à profissão que buscaram nos cursos técnicos, sejam agraciados com muito sucesso na carreira artística, tanto a Rita quanto a Ny, ou esportiva, no caso do Wagner. Que saibam enfrentar os desafios que lhes forem impostos e possam compor outros Halls da Fama em lugares muito mais extraordinários.

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