A atividade docente é uma das que mais
prazer me dá. Além de participar na formação de futuros profissionais, e isso
talvez seja o que mais gratifica nesta atividade, recebemos os mais variados
perfis na Escola Técnica. Dentre estes alunos e alunas, alguns já vem talhados
pelo dom artístico e nos reservam momentos impensados. Isso não quer dizer que deixe de admirar alunos e alunas que possuem outras competências e habilidades destacadas, e que já foram motivo de exposição aqui neste Blog. Mas esta semana, quero abrir espaço para aqueles que sabem expressar o dom artístico em outras áreas, e que me emocionaram na medida em que tomei conhecimento.
Neste caso, faço referencia a três alunos
que me surpreenderam e com os quais pude compartilhar momentos bem
interessantes. Na verdade, são duas alunas e um aluno, os quais considero personagens que poderiam deixar suas mãos marcadas no Hall da Fama de
nossos cursos técnicos.
Primeiramente quero falar da Rita Rosa, uma aluna que frequentou o
curso há cerca de dois anos atrás, e acabou desistindo, pois decidiu que não
era o que lhe satisfazia como profissão. Hoje conversando com ela, observo a
maturidade de sua decisão. E naquela oportunidade pude notar o poder de
argumentação quando tratávamos de assuntos de cunho social. Pois a Rita me
surpreendeu por seu dom artístico. Ela era atriz e eu não sabia. Somente fui
tomar conhecimento ao reconhecê-la num comercial da Trensurb chamado "Tudo na vida são conexões". Foi
uma grata surpresa e depois aprofundei o contato e soube que ela estava muito
feliz em se decidir pelo abandono do curso que fazia. Por isso, resolvo mostrar
neste vídeo abaixo, o grande talento desta que foi minha aluna na Escola Técnica Cristo Redentor da Assis
Brasil. Foi muito emocionante assistir a Rita
Rosa num papel materno do comercial da Trensurb, quando se sabe o quanto se
restringem oportunidades por preconceito de raça e de cor, tanto na televisão quanto
no cinema, prá não falar em outros lugares. Vejam abaixo a excepcional performance da Rita.
Um outro que figura neste meu Hall da Fama,
chama-se Wagner Weber. Logo que o
conheci lembrei de um personagem que fez parte de minha infância, pois minhas
primeiras leituras foram as histórias em quadrinhos. Ele fazia parte da galeria
da Harvey Comics, uma turma seleta como o fantasminha Gasparzinho, a bruxinha
Luisa e o capetinha Brasinha. Mas a esse que me refiro, ele se chamava Miudinho, um gigante simpático e bonzinho
que não assustava as crianças. E o Wagner parecia o Miudinho. Pois bem, não me
enganei. Uma noite, no intervalo das aulas da Escola Unipacs de Esteio, ele me fez o convite para assisti-lo defendendo as cores do Porto Alegre Pumpkins, uma equipe de
futebol americano em que jogava. Infelizmente não pude prestigiar o talento do Wagner,
mas a forma amável e simpática com que me fez o convite obrigou-me a escarafunchar
na internet para vê-lo em ação. E por vezes ele me manda notícias por e-mail me
colocando a par dos confrontos do Pumpkins.
Quem sabe um dia destes me programe para assisti-lo.
Porto Alegre Pumpkins: o Wagner é o primeiro da esquerda |
Por fim, tive outra destas alunas que também
deve figurar no Hall da Fama e que, durante as aulas, jamais imaginei fosse
dona de um dom artístico tão excepcional. E um dom dos que mais me cativa, o da
voz extremamente afinada. Foi no ano passado que conheci a Daniele Alves Rodrigues, ou artisticamente a cantora “Ny Valêncio”, vocalista da Banda Dekalc. Mas como a conheci? Não
em sala de aula, pois jamais se mostrou ou exibiu seus dotes artísticos ali. Se
mostrou sempre atenta e com desempenho irrepreensível na disciplina em que foi
minha aluna da Escola Factum de Porto
Alegre. Eu conheci a Daniele artisticamente por indicação de uma de suas
fãs, que era minha aluna em outra escola. Numa de nossas aulas, essa fã, que
era minha aluna, perguntou se a Ny
Valencio era minha aluna. Disse que não lembrava, pois a quantidade de
alunos dificulta essa distinção quase sempre. Mas quando me mostrou o Clipe da
Danilele (Ny Valêncio) interpretando
a canção “Encanto”, fui tomado de emoção
e uma grande paixão pelo seu timbre vocal. (Aliás, como fã incondicional, já
recebi um CD autografado da cantora.) Basta que vocês cliquem e apreciem e
depois me digam se não tenho razões para tal.
Estes símbolos que agora integram meu Hall da Fama, e já tive outros que poderiam compô-lo, me deixam bastante envaidecido. Torço
para que o futuro seja muito dadivoso com todos os três, e que mesmo que não adiram
à profissão que buscaram nos cursos técnicos, sejam agraciados com muito
sucesso na carreira artística, tanto a Rita quanto a Ny, ou esportiva, no caso do Wagner. Que saibam
enfrentar os desafios que lhes forem impostos e possam compor outros Halls da
Fama em lugares muito mais extraordinários.
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