24 maio 2009

ESQUECEMOS A GENTILEZA

Gestos como cumprimentar uma pessoa pelo excelente trabalho realizado, pela ótima contribuição fornecida ao grupo, pela perfeita apresentação de uma palestra, por uma boa aula ministrada. Tecer elogios a respeito de coisas realizadas por um colega, por um amigo, por um professor, são pequenas gentilezas que muitas vezes demonstram boa educação e nos fazem ser reconhecidos como pessoas de boas maneiras.

Por outro lado, você certamente saberá distinguir entre aquele comportamento gentil e o excesso de formalismo e falsidade que contém a bajulação. Neste caso, podemos classificar o sujeito que assim se comporta como o popular "puxa-saco".

Tenho observado a dificuldade que existe, por parte de uma grande maioria de alunos de nossos cursos, em separar o que é um e outro comportamento. Aliás, me parece que uma grande parcela de nossos alunos já vem estigmatizado da Educação Básica (Ensino Fundamental e Médio) com relação a gentilezas. Quase todos condenam a gentileza, entendendo-a sempre como uma forma de bajulação e a busca de privilégios, principalmente quando isso se refere a professores. Os alunos que se arriscam são execrados quando tecem qualquer tipo de elogio espontâneo. Observem o que diz Francis Bacon, um dos fundadores da ciência moderna a respeito da gentileza: "Se um homem é gentil com desconhecidos, isto mostra que ele é um cidadão do mundo, e que seu coração não é uma ilha que foi arrancada de outras terras, mas um continente que se une a eles." Desta forma, aquele que se predispõe a verbalizar sua admiração por um professor, por um colega, por um amigo, estará demonstrando que é uma pessoa que se insere em qualquer espaço, em qualquer cenário. Isto faz parte do bom relacionamento interpessoal e demonstra maturidade.

Quanto ao uso da bajulação para elogios descabidos, creio que todos nós reconhecemos a má intenção nestas atitudes. É perfeitamente possível aquilatar em que direção se conduz o elogio desmerecido e mal intencionado. Li há pouco tempo em uma revista de Administração um pequeno relato a respeito do puxa-saco, e que serve para reflexão a respeito da diferença a que me refiro. O puxa-saco não tem caráter; vive de sala em sala; se mete em tudo; sempre perdido na selva do trabalho, capaz de descontrolar a própria bússola; não vive a vida dele, gerencia a dos outros e quando se dedica a algum projeto, com certeza, será para aprimorar os métodos de bajulação.

Por outro lado, quando esses mesmos alunos que hoje criticam seus colegas, estiverem adentrando o mercado de trabalho, por certo irão se deparar com estes dois comportamentos, a gentileza e a bajulação. No ambiente de trabalho, uma das formas de bom relacionamento é elogiar trabalhos bem feitos e posturas corretas. Não se deixe intimidar quando tiver que emitir algum elogio. Também reflita sobre as críticas que poderá fazer injustamente a colegas, postulando-os como puxa-sacos. Afinal, todos nós sabemos como um puxa-saco se comporta.

O elogio, além de aumentar a auto-estima, estreita os laços de relacionamento no ambiente de trabalho e faz com que nos sintamos mais valorizados. Afinal, quem não gosta de saber que está no caminho certo? Elogie e se deixe ser elogiado. Isto faz bem para o ego, para a alma e para você, além de ser uma forma de demonstrar espírito de equipe, boa educação e maturidade.

Um comentário:

Anônimo disse...

La ringrazio per intiresnuyu iformatsiyu