
PRIMEIRA EMOÇÃO
Pois esta semana vivi dois desses momentos, bastante emocionantes e ambíguos, permeados de alegria e tristeza. Um deles por conta de uma grande obra da Prefeitura Municipal de Porto Alegre, do qual participo desde 2008 com muita satisfação; um projeto da FASC (Fundação de Assistência Social e Cidadania) que qualifica pessoas em situação de risco para o mercado de trabalho. A convite da Professora Marisa Stolnik e indicado pela engenheira Tânia Appel Pereira, que conheci na Escola Unipacs de Esteio, quando era coordenador do Curso Técnico de Segurança do Trabalho daquela escola, pude estar em contato nestes últimos anos com os alunos do projeto. O Projeto RAP qualifica moradores de albergues da capital gaucha, em cursos acompanhados de Bolsa, uniforme e alimentação. RAP significa Reinserção na Atividade Produtiva, e forma essas pessoas em profissionais de pintura, eletricidade, segurança patrimonial e construção civil.
Na abertura do Projeto desse ano de 2011, que aconteceu nesta última terça-feira, dia 11 de janeiro, foi emocion

Tenho muito orgulho de fazer parte desse Projeto há três anos. Ele nos mostra que temos muito a contribuir no desenvolvimento da sociedade, oportunizando melhores condições de vida a pessoas que não tiveram um caminho tão fácil na vida. As imagens que aqui estão disponíveis mostram a atenção e alegria dessas pessoas.
SEGUNDA EMOÇÃO
Na tarde quente e abafada em que iniciava minha participação neste que é o terceiro Projeto RAP, não imaginava que a noite reservava uma triste emoção para todos nós brasileiros: a maior tragédia natural ocorrida no Brasil até então. A região serrana do Rio de Janeiro foi surpreendida na noite de terça para quarta-feira por uma chuva torrencial que resultou na morte de mais de 500 pessoas, números contabilizados até o momento (15 de janeiro). As imagens apresentadas na mídia impressionam e chocam. O resgate de uma morador

A natureza dá mostra de sua potencialidade nessa hora e comprova que pouco pode o homem contra a sua fúria. A solução para que se evite a repetição dessas tragédias está em políticas públicas que evitem a ocupação de encostas e o desmatamento irresponsável.
Na verdade, esses fenômenos atmosféricos não são recentes. Eles existem desde que o planeta se formou, em menor ou maior intensidade. O que difere são os tempos em que eles acontecem. Antigamente não tínhamos uma devastação tão grande da cobertura vegetal, e é sabido que essa cobertura é responsável pela fixação das encostas. Mesmo assim, em algumas áreas ocorriam deslizamentos significativos. Entretanto, havia uma ocupação menos intensa dessas áreas por parte da população. Atualmente, com a expansão das áreas ocupadas pela população, muitas cidades estão sujeitas a estas catástrofes, principalmente quando o interesse financeiro imobiliário supera a preocupação com os habitantes.

Cabe agora chorar os mortos mais uma vez, e ouvir as promessas das autoridades, tal como sempre acontece nesses momentos. Talvez mais tragédias como essas sejam necessárias até que se desperte as autoridades para implementarem programas de ocupação de áreas de forma responsável.
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