ENFIM, O INÍCIO DE 2011...

Esta semana foi plena. Primeiro pelo início de minhas atividades docentes, com aula inicial na terça pela manhã (15.03) para a turma 1S1 da Escola Unipacs de Esteio. Depois na quarta-feira à noite (16.03) na mesma escola estive em aula inaugural da turma 3S7, onde 56 alunos e alunas me esperavam. Confesso que pela primeira vez estive envolvido com número semelhante de alunos. A disciplina era a mesma: Educação para Saúde e Segurança, onde trabalhamos os fundamentos e conceitos da Segurança do Trabalho. Os dois grupos me pareceram bastante interessados e dispostos a uma parceria profícua neste semestre. Na sexta-feira (18.03) iniciei pela manhã também minha atividade docente na Escola Factum de Porto Alegre, com a turma TS111, com a disciplina Fundamentos de Segurança I. Uma turma bem heterogênea, tanto em gênero quanto em idades. Um gostoso desafio que a mim se impõe neste início de ano letivo.

Mas o que quero ressaltar na edição do Blogue desta semana são as atividades que aconteceram na quinta-feira, dia 17 e no sábado, dia 19 de março, respectivamente.

Para início de conversa quero dizer que tenho ciência de que as vezes meu discurso soa contraditório, e isso muitas alunas e alunos já se fizeram críticos de minhas palavras e eu os reconheço com certa dose de razão. Se algumas vezes tenho tecido críticas ácidas ao sentimento consumista de muitas pessoas, quando buscam adquirir bens supérfluos e descartáveis sem qualquer avaliação precoce, reconheço o quanto sou admirador de novas tecnologias, principalmente aquelas que são capazes de transformar o ambiente onde vivemos e trazer conforto e bem estar à sociedade como um todo, independente da hierarquia social. Ainda mais quando estão essas tecnologias relacionadas à sala de aula.

Saliento que a ambigüidade de minhas posições tem a ver com o equilíbrio que imagino deva existir em nossas ações e pensamentos. Ou seja, acredito piamente de que para se viver de forma equilibrada numa sociedade tão manipuladora dos desejos humanos, há que se adotar uma postura crítica para escolhas racionais, pois é sabido que a criação de necessidades é constante e não devemos nos deixar influenciar pelo marketing e pela propaganda tão somente.

Tudo isso dito, trago agora as atividades de que participei esta semana e que me deixaram bastante exultante: uma reunião de Consultores na quinta-feira e um treinamento de Professores no sábado. Momentos de contato com tecnologia e com novidades que nos deixam extremamente empolgados para um ano que se inicia repleto de desafios.

REUNIÃO DE CONSULTORES DO SEBRAE

Primeiro a reunião do grupo de credenciados do SEBRAE na quinta-feira, dia 17, na Regional de São Leopoldo, onde sou um dos instrutores em Segurança Alimentar, atuando na região do Vale dos Sinos e Paranhana. Inicialmente falou o gerente da regional, Marcos Copetti, destacando o trabalho realizado pelos consultores em 2010. Depois, a Gestora de RH, Carla Dutra trouxe as estratégias a serem adotadas no novo ano e as metas a serem atingidas pelo SEBRAE RS em 2011. Os resultados de consultorias no RS fizeram com que a Regional de São Leopoldo assumisse posição de destaque, ficando em primeiro lugar no estado. No Estado todo foram 109.000 consultorias em 2010, com previsão de 197.000 para 2011. Os cursos ministrados no Estado no ano de 2010 pelo SEBRAE foram 1.875, com previsão de 2.900 para 2011.

Carla destacou que há uma grande responsabilidade por parte do SEBRAE na administração dos recursos recebidos, pois eles são na verdade recursos públicos repassados pelo governo e que recebem auditoria constante por órgãos de fiscalização como o TCU (Tribunal de Contas da União) e CGU (Controladoria Geral da União).

Estes recursos hoje somam um montante de R$ 8 bilhões anuais, e necessitam ser investidos de forma adequada e com possibilidade de retorno sob a forma de crescimento das micro e pequenas empresas.

No ano de 2011, o SEBRAE está investindo nos Projetos Coletivos Setoriais, que reúnem Micro e Pequenas Empresas Gauchas um valor total de 6 milhões de reais, numa iniciativa chamada Trilhas, onde o consultor recebe uma agenda do ano todo, com as atividades onde deverá atuar.

Parece que o ano nas atividades do SEBRAE começa repleto de novidades e com grandes desafios.

TREINAMENTO NA ESCOLA FACTUM

No sábado, dia 19, pela manhã, estive participando de treinamento na Escola FACTUM. Um grupo de dez professores, entre eles meus queridos colegas, Janaína Sostisso e Dorleas Fernando, receberam capacitação no uso da “Lousa Eletrônica”, equipamento que promete revolucionar o ambiente de sala de aula.

O consultor Edson Piacentini, da empresa HETCHTECH, realizou demonstrações do uso do equipamento, deixando professoras e professores maravilhados com a tecnologia inúmeras vezes.

A Lousa Eletrônica possui vários componentes que tornam o quadro de sala de aula uma coisa do passado. O uso de uma caneta especial para comandar a lousa é um desses componentes, onde o docente pode riscar, apagar, gravar e enviar ao aluno a aula do dia da mesma forma que ela foi concebida. A possibilidade do uso da caneta ou do marca texto para dar destaque a alguma parte do conteúdo, torna ainda mais dinâmica esssa ferramenta.

Depois de ministrar a aula e ir acumulando os slides referentes a cada quadro em um aplicativo denominado Scrapbook, há possibilidades de gravar em formato Word, Excel, Power Point ou PDF, e posteriormente publicar em sites ou blogs, assim como, enviar ao alunos por endereço eletrônico.

Qualquer figura extraída da Internet pode ser acumulada na lousa e congelada para apontamentos e destaques, modificando tamanhos e alterando posições de apresentação. Há ainda os recursos de “cortina” e “foco”, onde você pode apresentar ao público somente a parte que quer destacar do conteúdo.

Ao final, por sugestão do consultor e instrutor Edson Piacentini, alguns colegas foram chamados a experimentar a Lousa Eletrônica.

Finalmente, ficou a impressão de que a Sala de Aula está sendo cada vez mais impactada pela Tecnologia da Informação, e de que, conforme salientou o instrutor, há necessidade irreversível de que professores e professoras busquem o aprimoramento no uso dessas ferramentas, das quais não podem mais prescindir nestes tempos pós-modernos.