16 julho 2011

VIVENDO CONTRASTES DE UM PAÍS CONTINENTAL

O Brasil é um país maravilhoso realmente. Somente num país de dimensões continentais como o nosso é possível vivenciar diversas realidades, tanto na questão cultural, onde podemos observar um multiplicidade de costumes, quanto na questão climática, com um gradiente de temperaturas diversas de norte a sul, a destacar o frio do Sul e temperaturas quentes do Norte e Nordeste em plena estação de inverno. E o Centro-Oeste não é diferente, pois em seus estados predomina a seca, onde é capaz de não gotejar por quase seis meses, e uma temperatura amena nesta época. É um período onde se pode marcar um churrasco, uma festa de aniversário ou um casamento ao ar livre, com a certeza absoluta de que nenhum aguaceiro será capaz de frustrar qualquer previsão. O “céu de brigadeiro” prepondera do amanhecer ao ocaso do Sol.

Para fugir dos dias frios que o Sul impunha a todos nós nas últimas semanas de junho, convidei minha filha Adriana e fomos ao encontro de minha esposa em Brasília, no dia 08 de julho próximo passado. Ela que desde junho de 2010 está trabalhando na capital federal, onde assumiu a Gerencia Administrativa de empresa de plano de saúde e retorna quinzenalmente ao Sul, recebeu-nos para um final de semana na região. Ali predomina uma temperatura bem mais agradável do que aquela à qual estamos acostumados nessa época.

Na manha de sábado, dia 09 de julho, alugamos um carro e fomos até Caldas Novas, balneário de águas termais que nestes meses recebe grande lotação de turistas das mais diversas partes do país, principalmente da capital federal e de Goiânia, pois a distância destas capitais ao litoral é de mais de mil quilômetros. Caldas Novas possui uma serie de hotéis e clubes de lazer que oferecem piscinas de águas quentes para toda a população de turistas que para lá acorre nesta época do ano. São lugares maravilhosos para se descansar e desfrutar do “relax” proporcionado pelas águas termais.

Ali ficamos no Hotel Paradise, um estabelecimento modesto e que, para nossa surpresa, não foi tão convidativo assim, nem tampouco um “paraíso” como o nome supunha, pois logo que chegamos nos deparamos com várias irregularidades no quarto reservado. Mesmo assim, prontamente os funcionários sanaram os problemas e pudemos nos acomodar com um mínimo de conforto. Depois saímos para rever a cidade que por outras quatro vezes já estivéramos quando moramos em Brasília, de 1994 a 2003.

No domingo pela manhã fomos conhecer o Resort Privé, um projeto que hospeda turistas na região e que disponibiliza aos associados viagens e hospedagens internacionais, a partir de um título honorário. O projeto foi nos ofertado, mas eu e minha esposa não achamos tão conveniente a proposta. Mesmo assim, o café da manhã para o qual fomos convidados, juntamente com nossa filha Adriana, estava fabuloso, com um atendimento sem comparação.

Depois fomos até o Hot Park, parada obrigatória para quase todos os turistas que visitam a região. Um parque com muitas alternativas de lazer, desde rapel até descidas de corredeiras em caiaques e os populares toboáguas por onde se escorrega até cair nas piscinas. Há muitas piscinas de águas quentes, onde os turistas se banham em águas a uma temperatura agradável e de fazer inveja a todos os sulistas que nesse período enfrentam os rigores das temperaturas antártidas. Mas o que mais me atrai são os “bares molhados”, que proporcionam um grande prazer e bem estar aos visitantes. Você é capaz de ficar mergulhado até o peito na beira do balcão do bar, relaxando com a temperatura da água e aperitivando uma caipirinha, um cerveja e uma porção de frango a passarinho ou uma batatinha frita. Não é maravilhoso? É daqueles momentos que a gente considera inesquecível, pois desses são raros em nossa vida. Ali o pensamento navega sem preocupações, distante das responsabilidades e da rotina da labuta diária, na qual estamos imersos durante todo o ano. É indescritível..., principalmente quando estamos ao lado de nossos familiares.

Na segunda-feira, dia 10 de julho, como nosso vôo de retorno a Porto Alegre era somente à noite, eu e minha filha aproveitamos para reconhecer Brasília, pois já havíamos morado lá no período referido anteriormente. Mesmo assim, a capital federal deixa rastros de saudade em nossa memória, pois rever a arquitetura de Niemeyer e o planejamento de Lúcio Costa encanta pela simplicidade e enorme beleza estética. Além dos monumentos da Praça dos Três Poderes e da Catedral com seu formato de “mãos postas para o céu em prece”, as superquadras nos dão uma noção perfeita de extrema organização e facilidade de localização. A paisagem do cerrado, com suas árvores ressecadas nesta época pela falta de chuvas, faz a beleza do Parque da Cidade, maior parque urbano do mundo localizado dentro de uma cidade. Se você estiver de carro, são 14 quilômetros de extensão para dar a volta em todo o parque. Por isso, cada vez que vou a Brasília minha aura de brasilidade desperta de forma veemente, trazendo um orgulho inominável de ter nascido nesta pátria. Descubro cada vez que vou a Brasília o quanto gosto de meu país.

Na noite do dia 10 de julho, fomos eu e minha filha ao aeroporto Juscelino Kubistcheck, levados por minha esposa. Ali apanhamos o avião da empresa aérea Gol rumo a Porto Alegre. Novamente estávamos prontos e renovados para enfrentar o frio do Sul, pois são os contrastes de cultura e de clima entre as regiões que fazem de nosso país território único e de rara beleza no universo.

2 comentários:

Attico CHASSOT disse...

Meu caro Jairo,
obrigado para levares com teus ‘diários de um viajor’ a revisitar Caldas Novas depois de mais de 30 anos quando lá estive a primeira (e única vez).
Dizes bem: este país é terra de contrastes.
Um afago, num fim de tarde desde Londres

attico chassot

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