08 fevereiro 2013

O PODER DA MOTIVAÇÃO

Em tempos de Carnaval não há como menosprezar um conceito cuja utilização se estende por todas as atividades do ser humano, a motivação. É ela que nos faz perseguir sonhos e buscar realizações. Sem esse combustível na nossa mente dificilmente chegamos a algum lugar.
 
O Carnaval é um grande exemplo do poder da motivação
Abraham Maslow já destacava que o homem busca o atendimento de suas necessidades obedecendo uma determinada hierarquia. E nessa escala hierárquica elas estão em ordem de prioridade desta forma: fisiológicas, de segurança, sociais, de autoestima e de autorrealização.
 
As fisiológicas são compostas por necessidades de preservação da vida, tais como a saciedade com os alimentos, um catre para descansar o corpo etc e tal. A seguir, as necessidades de segurança são aquelas que nos fazem ter a certeza de que nossa vida está preservada. Estas são por exemplo, um abrigo seguro para nos acolher diariamente ou um emprego que garanta uma remuneração capaz de manter nossas despesas essenciais. As necessidades sociais são as que integram o ser humano na comunidade, proporcionando-lhe o que se pode chamar de “pertencimento” ou de “associação”. Ou seja, eu necessito ser reconhecido pela importância do papel que desempenho naquela comunidade à qual pertenço. E todos nós necessitamos deste reconhecimento. A necessidade de autoestima é aquela que impõe o respeito aos outros, por tudo aquilo que eu sou capaz de desempenhar e que é importante para o grupo. É na verdade um desejo humano de ser aceito e valorizado por si e pelos outros. E a necessidade de autorrealização? Este é o estado mais elevado das necessidades humanas, sendo aquele que envolve o uso ativo de todas as qualidades e habilidades individuais. É a aplicação plena do potencial individual.
 
Observe que cada necessidade atendida possui um pré-requisito na necessidade anterior. Ou seja, ninguém consegue ter a autoestima em alta se não possuir as necessidades fisiológicas e de segurança atendidas. Também não se consegue estar plenamente realizado (autorrealização) se não houver um reconhecimento social da minha pessoa na comunidade que pertenço.
 
A pirâmide de Maslow
Para facilitar o entendimento observemos a pirâmide ao lado, denominada Hierarquia das Necessidades, de autoria do psicólogo americano Abraham Maslow (1908-1970). E para que consigamos galgar os degraus desta pirâmide durante nossas vidas, é essencial estar motivado.
 
Segundo um dos maiores headhunter (caçador de talentos) do país, Max Gehringer, motivação é como um “iceberg”. Metaforicamente falando pode-se notar que o iceberg tem sua maior porção, cerca de 80%, mergulhada na água, e somente 20% pode ser percebida. Sendo assim, a nossa motivação percebida no ambiente de trabalho são estes 20%. A outra parte (80%) está dentro de nós, e dela depende o nosso desempenho.  
 
Pois bem, toda vez que inicio um novo semestre de aulas, procuro demonstrar aos alunos a importância da motivação, sem a qual não conseguimos estar abertos a novos desafios, a novas caminhadas. E para motiva-los tenho feito uso de uma historieta do próprio Max Gehringer, extraída de seu livro “Clássicos do Mundo Corporativo”. Vale a pena ler, para notar como a motivação pode ultrapassar barreiras e modificar comportamentos. A história tem o nome de:
 
 
A Pinta da Motivação
 
Foi no meu primeiro emprego que aprendi o que é motivação.
 
Nosso departamento era meio devagar e ninguém demonstrava muita vontade de trabalhar, apesar de nosso supervisor viver berrando ordens lá da mesa dele. Trabalhávamos em um desses ambientes abertos, um grande salão em que todo mundo enxergava todo mundo. Nossa seção era formada quase que inteiramente por homens, mas, um dia, foi contratada uma funcionaria, a Glaucia. Alguém descobriu que ela tinha um fantástico apelido de infância: Glaucinha da Pinta.
 
É claro que a primeira coisa que todo mundo tentou fazer foi descobrir onde ficava a pinta da Glaucia. Mas logo percebemos que a pinta não estava em nenhum lugar visível, o que aumentou a curiosidade geral. Alguns colegas mais atrevidos foram perguntar à Glaucia onde ficava a pinta, mas ela ria e se recusava a responder, o que fez o nível de testosterona do departamento entrar em ebulição.
 
Um belo dia, nosso supervisor reuniu os homens e fez uma proposta. Se conseguíssemos atingir os objetivos do mês seguinte, a Glaucia concordava em nos revelar onde ficava a pinta. É claro que nunca trabalhamos tanto como naquele mês e batemos a meta em 200%. O supervisor cumpriu o que prometera.
 
"Glaucinha da Pinta" era o apelido da nova funcionária
 
Com todos os homens ansiosamente reunidos desde as sete da manhã, e a expectativa a mil, a Glaucia chegou toda sorridente, abriu a bolsa e tirou sua carteira de identidade. O nome inteiro dela era Glaucia Maria da Pinta Rodrigues. Ficamos com aquela cara de tacho e, pior, sem desculpas para maus resultados nos meses seguintes.
 
Mas aprendi com meu supervisor que motivação nada mais é que trocar um grande esforço por uma pequena recompensa. Se a pinta é falsa ou real, não tem a menor importância. O bom motivador é o que consegue manter sua equipe convencida de que a pinta existe.
 
Fontes consultadas:
GEHRINGER, Max – Clássicos do Mundo Corporativo.
www.brasilescola.com.br acesso em 08.02.13
www.wikipedia.org.br acesso em 08.02.13      

Um comentário:

Attico CHASSOT disse...

Excelente,
meu caro Jairo,
para um sábado de um período que se diz que ninguém pensa.
¡Há que descobrir a pinta da Glaucia!
Um muito reconfortante recesso momesco,
attico chassot
http://mestrechassot.blogspot.com