06 dezembro 2013

O MUNDO FICA MAIS POBRE ESTA SEMANA


Todos nós temos nossos ídolos

Não é pelo avançar da idade que deixamos de ter nossos ídolos, nossos heróis. Na infância normalmente os pais representam muitas coisas, e acabam assim sendo nossos ídolos. Nesta época só notamos as virtudes, sequer vislumbramos os defeitos das pessoas. Nossa mente possui escassos preconceitos. Todavia, na medida em que crescemos, e a adolescência é a época em que nos fazemos mais exigentes e críticos, esse glamour se esvai. Esta é a fase das avaliações e, na qual, começamos a formar nossa personalidade. Assim, começamos a observar mais amiúde comportamentos e atitudes das pessoas que nos cercam. É a fase onde os amigos não possuem defeitos, porque não contrariam nossas atitudes; diferentemente de nossos pais, que vivem chamando nossa atenção na tentativa preservar-nos dos perigos da vida. Pode-se dizer: “Bem coisa de adolescente!”

Ao longo da vida entendi que para ser meu ídolo ou meu herói, o candidato tem de passar por algumas provas de fogo, mesmo que ele tenha alguns defeitos. Mas estes devem ser superados por suas virtudes. E foi assim que, ao longo dos anos, fui formando minha galeria de ídolos e de heróis; e nesta semana quero reverenciar um deles: Nelson Mandela.

Mandela foi um revolucionário em nome da paz
Mandela nasceu em 18 de julho de 1918 no clã Madiba no vilarejo de Mvezo, no antigo território de Transkei, sudeste da África do Sul. Seu pai, Henry Gadla Mphakanyiswa, era chefe do vilarejo e teve quatro mulheres e 13 filhos - Mandela nasceu da terceira mulher, Nosekeni. Seu nome original era Rolihlahla Mandela.

Mandela foi acusado de deixar o país ilegalmente e incentivar greves, sendo condenado a cinco anos de prisão. A pena foi servida inicialmente na prisão de Pretória. Em março de 1963, ele foi transferido à Ilha de Robben, voltando a Pretória em junho. Um mês depois, diversos companheiros de partido foram presos.         

Mandela e outras nove pessoas foram julgados por sabotagem, no que ficou conhecido como Julgamento Rivonia, ocorrido entre 1963 e 64. Sob o risco de ser condenado à pena de morte, Mandela fez um discurso à corte que foi imortalizado.


Mandela passou 18 anos detido na ilha de Robben, na costa da Cidade do Cabo, e nove na prisão Pollsmoor, no continente – a transferência ocorreu em 1982. Enquanto esteve preso, Mandela perdeu sua mãe, que morreu em 1968, e seu filho mais velho, morto em 1969. Ele não foi autorizado a participar dos funerais.

Durante o período em que ficou preso, sua reputação como líder negro cresceu e sedimentou a imagem de liderança do movimento antiapartheid. A partir de 1985, ele iniciou o diálogo sobre sua libertação com o Partido Nacional, que exigia que ele não voltasse à luta armada. Neste ano, ele passou por uma cirurgia na próstata e, ao voltar para a prisão, passou a ser mantido em uma cela sozinho.

Em 1988, Mandela passou por um tratamento contra tuberculose e foi transferido para uma casa na prisão Victor Verster. Em 2 de fevereiro de 1990, o presidente sul-africano Frederik Willem de Klerk reinstituiu o Congresso Nacional Africano (CNA). No dia 11 de fevereiro de 1990, Mandela foi solto e, em um evento transmitido mundialmente, disse que continuaria lutando pela igualdade racial no país.

Um homem com o firme propósito de modificar a situação do seu povo, na libertação de seus irmãos do regime do “apartheid”, que segregava os negros numa vida de penúria, excluídos de todas as condições de conforto que os europeus desfrutavam.
 
Alguns que compõem minha galeria de heróis
A revolução proposta por Mandela contra o “apartheid” na África do Sul, defendeu os mesmos princípios de Mahatma Ghandi na Índia, outro de meus heróis nascidos no século passado: a paz e o entendimento. Não pensem que foi fácil pregar a não violência e aplacar a ira dos excluídos como forma de transformar o futuro do país. Por isso tudo admiro este grande herói de nossos tempos. Com ele formo mais uma vez a galeria destes meus ídolos: Nelson Mandela, Zilda Arns, Mahatma Gandhi e Martin Luther King entre outros. A cada passagem de um deles sinto que o mundo fica um pouco mais pobre na solução dos seus problemas.

“Devemos promover a coragem onde há medo ,promover o acordo onde existe conflito, e inspirar esperança onde há desespero.” Nelson Mandela

 

Um comentário:

Attico CHASSOT disse...

Meu caríssimo amigo e colega Jairo,
adiro a justíssima homenagem prestada a Nelson Mandela e compartilho em muito com teu panteão de heróis.

attico chassot
http://mestrechassot.blogspot.com.br/