26 julho 2014

O INVERNO NO SUL

O inverno traz o rigor das temperaturas baixas e as belezas naturais 
Final de semana de temperaturas baixas em todo o Sul. Nada melhor que descobrir coisas prá fazer, já que entrar no mar, nem pensar. Por isso, a edição desta semana do Blog quer contribuir com os leitores sobre o que se pode fazer num final de semana nas três capitais sulinas: Curitiba, Florianópolis e Porto Alegre. E para não extrapolar a paciência do leitor, vou destacar somente três pontos que acredito imprescindíveis conhecer nestas metrópoles. Desculpem se deixo de fora atrações preferidas de alguns de meus leitores. Mas, sei do risco que corro por conta disso.

A maioria das dicas vem de minha experiência vivendo em duas delas, Curitiba e porto Alegre. De Florianópolis tenho escasso conhecimento. Somente algumas passagens por lá, quando estive com amigos de São José, meu compadre de Blumenau e conhecidos de Brusque. Mesmo assim, trago algumas referências que achei interessante relatar.

CURITIBA

Lugares da capital paranaense que podem ser visitados
Bem, comecemos pela capital paranaense. Em Curitiba, o bairro Santa Felicidade no inverno esbanja charme e bom gosto, conhecidamente pela culinária de suas galeterias e massas típicas. Portanto, ninguém deve deixar de, passando por Curitiba, provar o galeto com polenta da Cantina Famiglia Fadanelli. Ambiente típico, com decoração inesquecível e uma adega climatizada com mais de 500 tipos de vinhos. Os empresários da região são tão perfeccionistas que chegaram a construir um “portal” na entrada do bairro, para que o visitante consiga identificar o momento em que está adentrando a região.   

Outra mania de curitibano é caminhar pelo Parque Barigui, num cenário de extrema beleza, remetendo o visitante aos melhores parques urbanos da Europa. Nos três bosques constituídos por capão de floresta primária nativa e por florestas secundárias, procuram refúgios diversos animais nativos ou migratórios como garças-brancas, preás, quero-queros, tico-ticos, gambás e outros. As atrações no parque são inúmeras em termos de natureza, além de opções de lazer, prática de esportes, churrasqueiras para a reunião da família, feiras no pavilhão de exposições, o Museu do Automóvel ou a simples caminhada pelos circuitos à beira do lago. Ah! Já ia esquecendo da tradicional feira de raças e filhotes de animais que ali acontece todos os finais de semana.

Fiquei em dúvida de referenciar o Jardim Botânico de Curitiba, pois queria falar do Bar do Alemão, onde se toma um chope em ambiente muito aconchegante, próximo à Catedral de Curitiba. Mas fui seduzido pelas belezas do primeiro e digo-lhes que é imperdível conhecer. Considerado cartão postal da cidade, o Jardim Botânico de Curitiba foi inaugurado em outubro de 1991 e contem exemplares vegetais de todo o Brasil e de outros países. Os exemplares estão espalhados por alamedas e estufas de metal e vidro. A principal delas, com três abóbodas do estilo “Art Nouveau” foi inspirada no Palácio de Cristal de Londres, do século XIX. A estufa é climatizada e mantem espécies da Mata Atlântica como o Caraguatá, o Caetê e o Palmito.

Algumas atrações da ilha catarinense
FLORIANÓPOLIS

Bem, aqui vou trazer mais a experiência de meus amigos e conhecidos, do que propriamente a minha. Pois seria muita petulância indicar locais que pouco frequentei. Mas o que eles trazem são lugares por eles escolhidos pela satisfação e o prazer que dá frequentá-los na “Ilha da Fantasia”, como alguns nominam.

O Centro Histórico de Florianópolis é visita obrigatória pra quem vai à capital catarinense. O lugar além de apresentar um grande referencial em termos arquitetônicos históricos, também dispõe de lojas de artesanato que encantam pelos bordados das rendeiras da ilha, além de objetos construídos pelo dom artístico dos artesãos locais. O Mercado Público, que também faz parte do complexo histórico local, possui variedade grande de bares e pequenos restaurantes onde é possível experimentar iguarias da culinária típica açoriana, com pescados e frutos do mar, além do chope de colarinho tradicional.

Outro local indispensável numa visita à ilha catarinense é visitar a avenida Beira Mar Norte. A avenida corre junto ao mar, e foi construída sobre um aterro na década de 1960. Vinte anos depois foi ampliada e tomou seu formato atual, com três faixas de rolamento e mais três faixas de pista no sentido Centro-Trindade, quando se integrou com o aterro da Baia Sul da década de 1970. Recebeu também um calçadão e uma ciclovia. Uma região muito elegante onde se pode, além de realizar passeios à beira mar, fotografar a ponte Hercílio Luz e visitar lojas de departamentos e shopping centers.  

Bem, essa dica quem me deu foi a amiga Aguida Reis, quando há tempo estive por lá. Me mostrou ela as atrações da Lagoa da Conceição. Situada no centro geográfico da Ilha de Santa Catarina, o bairro Lagoa da Conceição reúne praias, dunas, montanhas e a maior lagoa de Florianópolis. Algumas construções da época colonial ainda permanecem preservadas. Quem visitar a Lagoa da Conceição não deve deixar de frequentar o Boteco da Ilha. Dizem os especialistas que no inverno as ostras são mais saborosas. E isso se pode perceber se você pedir uma “ostra gratinada” ali no boteco, acompanhada de uma Smirnoff Twist citrus ou uma Devassa Ruiva. Você pode pedir também uma Batida Boteco de morango com vodka e leite condensado. Nunca mais vai esquecer.
Atrações da capital gaúcha: Redenção e seu Brique, Araújo Viana.

PORTO ALEGRE

Bem, por aqui eu poderia me exibir, e dizer que a minha casa eu conheço. Mas nada disso! Como fiquei mais de vinte anos longe do lugar que me viu nascer, não vou ao pote com muita sede. A capital gaúcha também é rica em ambientes capazes de encantar quem a visita. De minha parte seria enorme petulância fazer-me guia turístico agora. Portanto, escolhi três lugares que creio possam ter a mesma preferencia de meus leitores.

Não há quem não referencie o Parque da Redenção como local de encontro de todos os porto-alegrenses nos finais de semana. De cognome oficial Parque Farroupilha, por caso da nossa conhecida revolução que outrora dignificou a epopeia das lutas entre farrapos e chimangos, o lugar atrai pessoas de todas as idades, para desfrutar dos encantos naturais que ele preserva. Tomar um chimarrão entre pares e jogar conversa fora é uma das atividades mais desfrutadas pelos transeuntes. A feirinha do Brique, onde ambulantes dos mais diversos matizes expõem peças de artesanato, vendem de discos de vinil a peças de artesanato e raridades de antiquário. Dentro do parque, o agora restaurado Auditório Araújo Viana concentra espetáculos com artistas de grande relevância, cuja passagem já se torna obrigatória nas turnês nacionais. Portanto, o Parque da Redenção é ponto obrigatório para o turista que visita a capital gaúcha.

Visitar a capital do Rio Grande do Sul e não conhecer o Rio Guaíba (ou Lago Guaíba, como queiram) e o Delta do Jacuí, por onde se ramifica seus afluentes, também é inconcebível. Por isso, o passeio no Cisne Branco é uma atividade obrigatória para o turista. No Caís do Porto, armazém B3, é possível apanhar a embarcação e deslizar pelas águas de um dos maiores lagos brasileiros, com quase quinhentos quilômetros quadrados de extensão, acreditem. O Guaíba (seja lago ou rio) é abastecido pelos rios Jacuí, dos Sinos e Gravataí, além dos arroios às suas margens. Banha os municípios de Porto Alegre, Eldorado do Sul, Guaíba, Barra do Ribeiro e Viamão. Suas águas se dirigem para a Lagoa dos Patos e, posteriormente, para o Oceano Atlântico. O barco Cisne Branco que realiza o passeio possui capacidade para 200 passageiros, sendo distribuídos em três pavimentos (deck superior, deck intermediário e danceteria). Há serviço de bar e copa servindo bebidas, petiscos e gelados.
Lugares prá se visitar à noite e num passeio pelo Guaíba

Por fim, não poderia deixar de referenciar nestes três itens de Porto Alegre, o local mais boêmio da capital gaúcha: a Cidade Baixa. Recanto de encontro de inúmeros poetas e compositores locais, foi ali que o grande Lupicínio Rodrigues entoou pela primeira vez seus refrões que se tornariam sucesso na voz de Elis Regina, a Pimentinha. No bairro Cidade Baixa, se concentram os melhores bares para o descontraído happy hour dos finais de tarde. Lugares como o Bar Opinião, criado em 1983, reúne artistas de todos os cantos do país, que se apresentam diariamente com casa lotada. Prá quem quiser escutar a autentica musica gaúcha, com acordeon e guitarra ao vivo, pode visitar o Bar Estancia de São Pedro, na Rua João Alfredo. De quinta a domingo, o Estancia reúne artistas gaúchos de todo o Rio Grande, além de convidados oriundos dos países do Rio da Prata. Ali se encontra pratos típicos do pampa, como Arroz Carreteiro, Feijão Mexido e Mandioca Frita. Mas  para saborear porções e um chope em grande estilo, mesmo que fora da Cidade Baixa, o indicado é o Boteco do Natalício. E para esta indicação eu tenho o aval de inúmeros amigos que o frequentam. As paredes do Natalício são um grande consultório terapêutico, onde a filosofia faz morada e ensina muito dos presentes sobre a realidade do dia a dia. Principalmente depois da segunda cerveja ou terceira cerveja.

CONCLUSÃO

Prá quem acredita que o inverno é uma estação onde o frio faz que o vivente “se encolha no calor do poncho” e fique “invernando em casa”, o que relatei acima mostra que não é bem assim. Há muitas alternativas que fazem o inverno ser tão ou mais saboroso que a estação de clima quente. Basta saber escolher e aproveitar. É isso que desejo a todos vocês. E quem tiver mais alguma dica, que deixe seu comentário ao final do Blog. Bom proveito.         


Fontes de Consulta: wikipédia, prefeituras de Curitiba, Florianópolis e Porto Alegre

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