O inverno traz o rigor das temperaturas baixas e as belezas naturais |
Final de semana de temperaturas baixas em todo o Sul.
Nada melhor que descobrir coisas prá fazer, já que entrar no mar, nem pensar.
Por isso, a edição desta semana do Blog quer contribuir com os leitores sobre o
que se pode fazer num final de semana nas três capitais sulinas: Curitiba,
Florianópolis e Porto Alegre. E para não extrapolar a paciência do leitor, vou
destacar somente três pontos que acredito imprescindíveis conhecer nestas metrópoles.
Desculpem se deixo de fora atrações preferidas de alguns de meus leitores. Mas,
sei do risco que corro por conta disso.
A maioria das dicas vem de minha experiência vivendo
em duas delas, Curitiba e porto Alegre. De Florianópolis tenho escasso
conhecimento. Somente algumas passagens por lá, quando estive com amigos de São
José, meu compadre de Blumenau e conhecidos de Brusque. Mesmo assim, trago
algumas referências que achei interessante relatar.
CURITIBA
Lugares da capital paranaense que podem ser visitados |
Bem, comecemos pela capital paranaense. Em Curitiba, o
bairro Santa Felicidade no inverno esbanja charme e bom gosto, conhecidamente
pela culinária de suas galeterias e massas típicas. Portanto, ninguém deve
deixar de, passando por Curitiba, provar o galeto com polenta da Cantina
Famiglia Fadanelli. Ambiente típico, com decoração inesquecível e uma adega
climatizada com mais de 500 tipos de vinhos. Os empresários da região são tão
perfeccionistas que chegaram a construir um “portal” na entrada do bairro, para
que o visitante consiga identificar o momento em que está adentrando a região.
Outra mania de curitibano é caminhar pelo Parque
Barigui, num cenário de extrema beleza, remetendo o visitante aos melhores
parques urbanos da Europa. Nos três bosques constituídos por capão de floresta
primária nativa e por florestas secundárias, procuram refúgios diversos animais
nativos ou migratórios como garças-brancas, preás, quero-queros, tico-ticos,
gambás e outros. As atrações no parque são inúmeras em termos de natureza, além
de opções de lazer, prática de esportes, churrasqueiras para a reunião da família,
feiras no pavilhão de exposições, o Museu do Automóvel ou a simples caminhada
pelos circuitos à beira do lago. Ah! Já ia esquecendo da tradicional feira de raças
e filhotes de animais que ali acontece todos os finais de semana.
Fiquei em dúvida de referenciar o Jardim Botânico de
Curitiba, pois queria falar do Bar do Alemão, onde se toma um chope em ambiente
muito aconchegante, próximo à Catedral de Curitiba. Mas fui seduzido pelas
belezas do primeiro e digo-lhes que é imperdível conhecer. Considerado cartão postal
da cidade, o Jardim Botânico de Curitiba foi inaugurado em outubro de 1991 e
contem exemplares vegetais de todo o Brasil e de outros países. Os exemplares estão
espalhados por alamedas e estufas de metal e vidro. A principal delas, com três
abóbodas do estilo “Art Nouveau” foi inspirada no Palácio de Cristal de Londres,
do século XIX. A estufa é climatizada e mantem espécies da Mata Atlântica como
o Caraguatá, o Caetê e o Palmito.
Algumas atrações da ilha catarinense |
FLORIANÓPOLIS
Bem, aqui vou trazer mais a experiência de meus amigos
e conhecidos, do que propriamente a minha. Pois seria muita petulância indicar
locais que pouco frequentei. Mas o que eles trazem são lugares por eles escolhidos
pela satisfação e o prazer que dá frequentá-los na “Ilha da Fantasia”, como
alguns nominam.
O Centro Histórico de Florianópolis é visita
obrigatória pra quem vai à capital catarinense. O lugar além de apresentar um
grande referencial em termos arquitetônicos históricos, também dispõe de lojas
de artesanato que encantam pelos bordados das rendeiras da ilha, além de
objetos construídos pelo dom artístico dos artesãos locais. O Mercado Público,
que também faz parte do complexo histórico local, possui variedade grande de
bares e pequenos restaurantes onde é possível experimentar iguarias da culinária
típica açoriana, com pescados e frutos do mar, além do chope de colarinho tradicional.
Outro local indispensável numa visita à ilha
catarinense é visitar a avenida Beira Mar Norte. A avenida corre junto ao mar,
e foi construída sobre um aterro na década de 1960. Vinte anos depois foi
ampliada e tomou seu formato atual, com três faixas de rolamento e mais três faixas
de pista no sentido Centro-Trindade, quando se integrou com o aterro da Baia
Sul da década de 1970. Recebeu também um calçadão e uma ciclovia. Uma região muito
elegante onde se pode, além de realizar passeios à beira mar, fotografar a
ponte Hercílio Luz e visitar lojas de departamentos e shopping centers.
Bem, essa dica quem me deu foi a amiga Aguida Reis,
quando há tempo estive por lá. Me mostrou ela as atrações da Lagoa da Conceição.
Situada no centro geográfico da Ilha de Santa Catarina, o bairro Lagoa da Conceição
reúne praias, dunas, montanhas e a maior lagoa de Florianópolis. Algumas construções
da época colonial ainda permanecem preservadas. Quem visitar a Lagoa da Conceição
não deve deixar de frequentar o Boteco da Ilha. Dizem os especialistas que no
inverno as ostras são mais saborosas. E isso se pode perceber se você pedir uma
“ostra gratinada” ali no boteco, acompanhada de uma Smirnoff Twist citrus ou uma
Devassa Ruiva. Você pode pedir também uma Batida Boteco de morango com vodka e
leite condensado. Nunca mais vai esquecer.
Atrações da capital gaúcha: Redenção e seu Brique, Araújo Viana. |
PORTO ALEGRE
Bem, por aqui eu poderia me exibir, e dizer que a
minha casa eu conheço. Mas nada disso! Como fiquei mais de vinte anos longe do
lugar que me viu nascer, não vou ao pote com muita sede. A capital gaúcha também
é rica em ambientes capazes de encantar quem a visita. De minha parte seria
enorme petulância fazer-me guia turístico agora. Portanto, escolhi três lugares
que creio possam ter a mesma preferencia de meus leitores.
Não há quem não referencie o Parque da Redenção como
local de encontro de todos os porto-alegrenses nos finais de semana. De cognome
oficial Parque Farroupilha, por caso da nossa conhecida revolução que outrora
dignificou a epopeia das lutas entre farrapos e chimangos, o lugar atrai
pessoas de todas as idades, para desfrutar dos encantos naturais que ele preserva.
Tomar um chimarrão entre pares e jogar conversa fora é uma das atividades mais
desfrutadas pelos transeuntes. A feirinha do Brique, onde ambulantes dos mais
diversos matizes expõem peças de artesanato, vendem de discos de vinil a peças
de artesanato e raridades de antiquário. Dentro do parque, o agora restaurado
Auditório Araújo Viana concentra espetáculos com artistas de grande relevância,
cuja passagem já se torna obrigatória nas turnês nacionais. Portanto, o Parque
da Redenção é ponto obrigatório para o turista que visita a capital gaúcha.
Visitar a capital do Rio Grande do Sul e não conhecer
o Rio Guaíba (ou Lago Guaíba, como queiram) e o Delta do Jacuí, por onde se
ramifica seus afluentes, também é inconcebível. Por isso, o passeio no Cisne
Branco é uma atividade obrigatória para o turista. No Caís do Porto, armazém B3,
é possível apanhar a embarcação e deslizar pelas águas de um dos maiores lagos
brasileiros, com quase quinhentos quilômetros quadrados de extensão, acreditem.
O Guaíba (seja lago ou rio) é abastecido pelos rios Jacuí, dos Sinos e Gravataí,
além dos arroios às suas margens. Banha os municípios de Porto Alegre, Eldorado
do Sul, Guaíba, Barra do Ribeiro e Viamão. Suas águas se dirigem para a Lagoa
dos Patos e, posteriormente, para o Oceano Atlântico. O barco Cisne Branco que
realiza o passeio possui capacidade para 200 passageiros, sendo distribuídos em
três pavimentos (deck superior, deck intermediário e danceteria). Há serviço de
bar e copa servindo bebidas, petiscos e gelados.
Lugares prá se visitar à noite e num passeio pelo Guaíba |
Por fim, não poderia deixar de referenciar nestes três
itens de Porto Alegre, o local mais boêmio da capital gaúcha: a Cidade Baixa.
Recanto de encontro de inúmeros poetas e compositores locais, foi ali que o
grande Lupicínio Rodrigues entoou pela primeira vez seus refrões que se
tornariam sucesso na voz de Elis Regina, a Pimentinha. No bairro Cidade Baixa,
se concentram os melhores bares para o descontraído happy hour dos finais de
tarde. Lugares como o Bar Opinião, criado em 1983, reúne artistas de todos os
cantos do país, que se apresentam diariamente com casa lotada. Prá quem quiser
escutar a autentica musica gaúcha, com acordeon e guitarra ao vivo, pode
visitar o Bar Estancia de São Pedro, na Rua João Alfredo. De quinta a domingo,
o Estancia reúne artistas gaúchos de todo o Rio Grande, além de convidados
oriundos dos países do Rio da Prata. Ali se encontra pratos típicos do pampa, como Arroz Carreteiro, Feijão Mexido e Mandioca Frita. Mas para saborear porções e um chope em grande
estilo, mesmo que fora da Cidade Baixa, o indicado é o Boteco do Natalício. E
para esta indicação eu tenho o aval de inúmeros amigos que o frequentam. As
paredes do Natalício são um grande consultório terapêutico, onde a filosofia
faz morada e ensina muito dos presentes sobre a realidade do dia a dia.
Principalmente depois da segunda cerveja ou terceira cerveja.
CONCLUSÃO
Prá quem acredita que o inverno é uma estação onde o
frio faz que o vivente “se encolha no calor do poncho” e fique “invernando em
casa”, o que relatei acima mostra que não é bem assim. Há muitas alternativas
que fazem o inverno ser tão ou mais saboroso que a estação de clima quente.
Basta saber escolher e aproveitar. É isso que desejo a todos vocês. E quem
tiver mais alguma dica, que deixe seu comentário ao final do Blog. Bom
proveito.
Fontes de Consulta: wikipédia, prefeituras de Curitiba, Florianópolis e Porto Alegre
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