06 fevereiro 2015

ONDE ESTÁ WALLY? Na Praia?



A semana foi de aprofundamento da Operação Lava-Jato
Mesmo que o assunto me provoque, de todas as formas tenho evitado falar aqui sobre a questão política do caso Petrobrás. Até porque, ele envolve questões partidárias e, toda vez que se fala de política, futebol e religião, há que se tomar certos cuidados. As polêmicas são bastante difíceis de serem abordadas e, quando mal conduzidas, podem ser motivo de rancor e hostilidade. Sem contar aqueles amigos que podem se tornar inimigos, no caso de alguma interpretação equivocada. Quero dizer ainda que não tenho receio da polêmica, ou de me posicionar; mas neste exato momento, prefiro dar tempo aos desdobramentos de tudo isso que se está vivenciando, para mais tarde opinar. Creio ainda ser muito cedo.

Mas esta semana deixo a água de lado, que pautou minha escrita por duas semanas, e dedico a edição, pela segunda vez, às “intermináveis obras de Porto Alegre”.

Vou começar com uma pergunta: “Por onde anda o prefeito de Porto Alegre? Alguém viu o Sr. Fortunati nos últimos dias?” Minha percepção, desde que dezembro deu as caras por aqui, e com ele as festas de Natal e Ano Novo, além de tudo aquilo que se conhece deste período, principalmente pela ressaca de uma eleição tensa e engalfinhada, é que o mandatário maior da capital sumiu. Muito parecido com aquele “joguinho” que muitos de nós conhecemos tempo atrás: “Onde está Wally?” Os de meu tempo irão lembrar. Por isso, lanço aqui o caça personagem “Onde está Fortunati?” 

Onde está Fortunati?
Nestes tempos de extremo calor, certamente está na praia... Pois não é que até mesmo o aumento das passagens de ônibus ele esqueceu de antes fazer a licitação? Decerto estava com pressa para ir à praia.  

E a cidade, como se vê, está às moscas. Nunca vi Porto Alegre tão SUJA! Um verdadeiro LIXO!!!

Os canteiros são matagais fechados, possibilitando como dizia meu avô, a criação de “cobras” e “lagartos”. E quando os funcionários realizam o corte da grama (ou do MATO, na verdade), sequer fazem o recolhimento da poda. E o que dizer ainda do acabamento do meio-fio; nem pensar. São serviços “porcos”, sem qualidade nenhuma. Dizia eu para minha esposa esses dias: “Esses funcionários não cortam a grama, eles tosam!”

E as calçadas então? Para os pedestres, um verdadeiro desafio. Tudo quebrado, com rachaduras e obstruções que impossibilitam o ir e vir das pessoas. Outro dia acompanhava um senhor que acabara de sair do Hospital Divina Providencia, empurrando uma cadeira de rodas pela calçada com uma senhora. Com grande penar conseguia atravessar as pedras quebradas, até que um buraco fez a cadeira trancar a roda direita, e a senhora foi lançada ao chão. Por sorte, não houve nenhuma lesão aparente, e os transeuntes conseguiram recolocá-la na cadeira e a empurraram até um local mais seguro.

As calçadas da capital mostram um total desleixo por onde se ande
Porto Alegre parece não ter um plano diretor, pois o que se observa no dia a dia é um total descaso. E onde estão os fiscais municipais? Vejo placas e faixas de tudo que é negócio em postes, cercas, muros, fachadas. Vejo pichações em prédios, sacolas de lixo penduradas em tudo que é lugar, placas de propaganda no meio das calçadas, atrapalhando o trânsito de pedestres; as lotações que param onde bem querem, prá apanhar e largar passageiros, e muito mais. Vejo pessoas vendendo coisas onde querem e como querem. Qualquer um monta uma mesa e um banquinho na calçada e se torna empresário. 

Ambulante chega de bicicleta e monta negócio
Ficaria certamente descrevendo aqui mais umas dez páginas de irregularidades. Aí poderiam me dizer: Ah, mas ali na “Voluntários da Pátria” isso não acontece! Ali na “Rua da Praia” os fiscais estão sempre autuando.” Eu lhes pergunto: “Mas porque só ali no Centro?” E eu mesmo lhes respondo: “Porque ali no centro fica mais confortável para os fiscais! Multam dois ou três e, de imediato, voltam para o ar condicionado da Secretaria.” Portanto, o restante da capital está jogado às traças. Isso demonstra a ineficácia do Serviço Público Municipal, que não funciona. Não há uma supervisão eficiente que cobre desta mão de obra concursada o serviço que deveriam prestar! Ou seja, fiscalizar!

Quer comprovar como a cidade está às traças? Dá uma voltinha pela desorganizada avenida Assis Brasil. Experimenta um passeio pela esburacada avenida Bento Gonçalves. Vá ver o canteiro da avenida Severo Dullius, onde o mato toma conta, próximo do aeroporto Salgado Filho, portão de entrada da cidade. Veja a avenida dos Estados, cruzando por baixo da Free Way, prá quem vem da BR 116, outro portão de entrada da cidade. O canteiro central  teve a grama "podada" recentemente; mas e o acabamento do meio-fio?

As intermináveis obras de Porto Alegre, onde o mato toma conta
É o mesmo que se vê nas "intermináveis obras de Porto Alegre", e que se arrastam há anos sem prazo de conclusão. Mas, se por acaso, você achou Fortunati na praia, diga prá ele que a cidade ainda é sua responsabilidade, e que ele ainda é o prefeito!. 


Desculpa Fortunati! Mas nossa cidade está um verdadeiro LIXO!!!

Um comentário:

Attico CHASSOT disse...

Salve, caríssimo amigo e colega Jairo!
Não achei o Fortunati. Acho que está ajeitando uma ambulância pra socorrer cães e gatos e também, como diria teu avô, cobras e lagartos.
Há um equívoco: as zonas centrais não são melhores em caçadas que a periferia. Moro no bairro Rio Branco: nossas calçadas oferecem risco de vida. Não exagero. Um deslocamento de trabalho ao Centro Universitário Metodista do IPA que poderia ser feito a pé, não se pode fazer, pois as calçadas são locais de tragédias anunciadas.
Porto Alegre ganhou com tua presença dotada de olhar de lince sobre os desmandos que ocorrem em nossa capital.
Obrigado por teus alertas sempre preciso. Tomara que o prefeito conheça teus justos reclamos e tuas sábias denúncias.
Talvez devesses remeter ao paço municipal o link desta blogada.
Com admiração,