01 janeiro 2016

MATANDO UM LEÃO POR DIA

Um Novo Ano inicia, com muitos desafios para todos nós
2016 chega anunciando um período relativamente difícil para todos nós brasileiros, que dirá para nós gaúchos, acometidos por um aumento extra de imposto estadual que vai impactar diretamente em tudo que consumimos, comida, bebida, roupas, combustível e muito mais. Vai ser uma verdadeira batalha sair deste ano sem “o pala em tiras”, como diz o habitante destas plagas. Teremos literalmente que “matar um leão por dia”.

Por isso, fui analisar minhas leituras sobre como posso me preparar para esta tarefa “hercúlea” que o Ano Novo nos exige. Primeiramente, tenho certeza de que preciso rever minha forma de atuar, para evitar um desgaste de minhas forças inutilmente. Ou seja, preciso ser mais eficiente em tudo o que faço. Preciso estudar cada uma de minhas atividades em suas minúcias.

Prof. Luiz Marins, antropólogo e consultor de carreiras
Bem, gosto muito de ouvir os conselhos de um antropólogo que possui minha admiração. O professor Luiz Almeida Marins Filho, autor de 28 livros sobre “motivação e carreiras”, é formado em antropologia pela Macquary University da Austrália, licenciado em História pela Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Sorocaba, em Ciência Política pela Universidade de Brasília, em Planejamento e Marketing pela Wharton School da Pensilvania, entre outras formações. Um especialista que fala de uma realidade de que possui extremo domínio.

Ele não é qualquer um destes autores de “auto-ajuda”, que estão por aí a disseminar fórmulas milagrosas, ilusórias e monetaristas, aos mais desesperados na busca frenética de uma orientação. O professor Marins aborda os aspectos relevantes das relações profissionais levando em conta o embasamento da antropologia como fio condutor de seus conselhos. Basta observar atentamente cada abordagem em palestras, escritos e vídeos.

A metáfora do "matar um leão por dia" está presente
em muitas realidades pessoais 
Mas porque eu preciso “matar um leão por dia”?

Faz ele uma reflexão sobre esse tema, realçando que as vezes podemos confundir nosso trabalho com uma certa “hiperatividade”. Destaca ele que, as vezes, eu “faço, faço, faço, como um louco, sem que me pergunte se aquilo que estou fazendo é o que eu deveria realmente estar fazendo”.  Outra pergunta que ele traz para este cenário da atividade intensa é: “Será que pessoas hiperativas são produtivas? Ou são somente ativas? Uma coisa é você entrar num trabalho às seis da manhã e sair às dez da noite. E o que produziu neste dia, de novo, de inovador? Será que matando um leão por dia, você tem espírito criativo necessário pra vencer os desafios de um mundo competitivo como este que vivemos?”  

Outra questão que o professor Marins tece críticas em relação àqueles que costumam “matar um leão por dia”, é se eles conseguem manter uma família feliz, já que chegam em casa extenuados depois de jornadas de mais de dez horas por dia. E sem uma família estável, você pode ser alguém produtivo, criativo, inovador? Ou você é apenas uma pessoa que faz, faz, faz...

Será que utilizamos racionalmente nosso tempo disponível?
“Matar um leão por dia” pode ser meritório no sentido da “quantidade”, pode ser um símbolo de dedicação. Mas nem sempre a quantidade é sinônimo de “qualidade”. Há pessoas que trabalham menos horas e que produzem quase o dobro daquelas que excedem as jornadas normais.

Cabe então, nesse início de Novo Ano, nos perguntarmos se ao “matarmos um leão por dia” estamos realmente sendo produtivos. Será que não estamos utilizando nosso recurso mais valioso e inegociável, aquele que todos possuem em igual quantidade, o tempo, de maneira irracional? Quem sabe em 2016 possamos utilizar este recurso de maneira intensa e da forma mais produtiva possível, com atividades que temos deixado de lado prá “matar nossos leões diários”, como leituras, passeios, conversas, visitas, voluntariado, etc.

Eu, pelo menos, pretendo repensar minhas atuações em 2016 e deixar de cometer tantos “crimes diários” com a natureza. 

Um comentário:

Attico CHASSOT disse...

Meu caro Jairo!
Primeiro: “Feliz 2016 parati e tua tribo!”
Tu estás muito presente no meu feriado na leitura do sumarento livro “Em Cada que me presenteaste. Obrigado.
Quanto ao mote de tua blogada, a pergunta que está na ilustração final: Será que utilizamos racionalmente nosso tempo disponível? diz muito.
Quando alguém se queixa de falta de tempo, pergunto: Tens Facebook? Se a resposta for sim, digo não pode faltar tempo a quem frequenta o maior sugador de tempo atual.
Com estima
achassot
mestrechassot.blogspot.com