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10 anos de história na Escola Unipacs |
Viver é para mim um grande aprendizado. E em
alguns momentos da vida, podemos concluir o quanto foram frutíferas e
importantes cada uma das oportunidades que nos foram apresentadas. E eu lembro
bem, há cerca de dez anos atrás. Faz parte da minha vida, está lá no meu baú de memórias. Em 1979 eu havia ido embora, em busca de oportunidades de trabalho. Mas agora era 2004, e eu retornava novamente ao Rio Grande do Sul. Não conhecia mais ninguém, era praticamente um estranho depois de 24 anos fora.
Mas estávamos, eu e minha esposa ali, decididos a retomar nossas vidas por aqui.
Ela vinha praticamente transferida para a
empresa onde iniciara sua atividade na área administrativa. Mas eu, transladei meus trabalhos de consultoria que tinha na região centro-oeste para o Rio
Grande do Sul. Todavia, queria continuar atuando como docente nos cursos
técnicos, mas possuía poucos conhecidos na região. Tinha uma indicação do
professor Romerito do SENAI de Taguatinga, que me propiciara oportunidade como
professor do curso técnico em segurança do trabalho naquela unidade, onde
estreei nesta atividade.
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A evolução da Escola de Esteio |
Assim que cheguei, fui em busca de
oportunidades nas unidades da região metropolitana. Entretanto, não obtive
muito sucesso, pois o currículo ainda era incipiente. Tinha menos de dois
anos como docente. Desta forma, busquei oportunidades em escolas privadas da
região. Iniciando por Canoas, onde morava, distribuí meu currículo pessoalmente
em várias instituições. Fui aqui e ali, nada. Ampliei então minha busca, em direção às escolas do Vale dos Sinos.
Em uma delas fui recebido por um
senhor bastante afável, e que evidenciava ter a mesma idade minha. Demonstrou interesse no documento que eu lhe entregava em mãos. E me proporcionou o que em
outros lugares eu não tive: a oportunidade de falar de mim, de me apresentar, de
desfiar toda minha experiência. Depois da exposição, me disse: “Venha na próxima
semana falar com a coordenadora pedagógica. Vou entregar a ela seu currículo e
pedir que lhe dê uma oportunidade. Nas próximas semanas iniciam as aulas, e você
poderá demonstrar se tem competência na prática". e apertando minha mão, disse-me: "Meu nome é Antonio Nazário! Muito
Prazer! Sou o diretor desta escola e estamos buscando pessoas que queiram crescer
conosco”. E o tempo comprovou que o discurso tinha muito de verdadeiro.
Passados dez anos desta conversa, não tenho
certeza exata do diálogo que se deu ali na recepção da Escola. Mas, certamente
o Antonio por certo irá referendar que o conteúdo não foge muito deste relato.
Assim começou minha trajetória como docente da Unipacs de Esteio. E não somente
esta escola me abriu as portas naquela oportunidade. Na medida em que os anos
se passaram, esta porta aberta serviu de vitrine para que eu fosse convocado
para outros tantos desafios e oportunidades em escolas da região metropolitana.
Ganhei muita experiência na atividade
docente na Unipacs. Fui chamado em muitas ocasiões para auxiliar nas decisões, e
isso me permitiu estar muito próximo da direção da escola. Pude perceber também
como é difícil lidar com egos e comportamentos, principalmente quando estão
envolvidos professores e alunos. Em alguns momentos elogiei, em outros me senti
orgulhoso em ajudar, e em alguns, até mesmo, fui desmesuradamente crítico. Mas
com certeza, sempre no anseio de melhorar o que eu entendia ser o melhor para a
instituição. E nisso, em todos os momentos, tive a compreensão e o entendimento
da direção.
E hoje? Bem, hoje, passados dez anos, me
sinto parte do “patrimônio” da Unipacs, sem nenhum receio ou pudor "da poeira e do bolor", e compartilho o sucesso alcançado com colegas que participaram comigo desta trajetória. Posso até enumerar
alguns deles, mesmo sob pena de ser injusto em esquecer outros que estão conosco há
bem menos tempo. Mesmo assim, vou me arriscar. Que me perdoem os demais.
Começo pelo Luciano Bessauer, meu colega docente
e parceiro confidente. Por inúmeras vezes segredamos dificuldades e buscamos
alternativas, sempre objetivando a marca da instituição. A nossa inesquecível Lorita
de Oliveira, responsável pelo financeiro da escola, e que jamais vi de cara
amarrada. Mesmo com a dificuldade do cargo, que exige o cumprimento de prazos e
torna saudável o “caixa” da empresa, mantinha sempre aquele sorriso no rosto
quando nos recebia para fazer o pagamento. A Laudice Girardi, dedicada funcionária
e amiga em todos os momentos. Sempre dispensando uma palavra amiga, e aquele “cafezinho”
acompanhado do “docinho”, que acaba com a minha dieta. É disso que são feitas
as empresas, de pessoas.
E neste convívio de uma década, as irmãs Cristina
e Simone também se fizeram importantes. Apesar das diferenças no tocante ao
aspecto administrativo, guardo sempre os pontos positivos que cada uma possui.
E eles foram extremamente significativos nesta trajetória vitoriosa da
instituição. Com elas também aprendi.
Mas em relação ao diretor Antonio Nazário são
escassas as palavras pelo significado que aquela entrevista de 2004 teve para
mim. Longe de uma
tentativa do elogio com intenções de favorecimentos ou oportunismo, e ele sabe disso, o relato
acima é muito mais um reconhecimento de minha parte. Reconhecimento não de um
diretor ou de um empresário de sucesso, tão somente. Reconhecimento de uma pessoa que
marcou não só a minha trajetória, mas de outras que mostraram isso na última quarta-feira,
quando a Unipacs completou 15 anos de existência.
Um comentário:
Parabéns a UNIPACS
e ao muito competente Jairo,
este para mim é um ícone que se torna referência no fazer Educação de uma instituição que se projeta como educadora de escol na região metropolitana da capital do Rio Grande do Sul.
Com votos de continuados sucessos e espraiada admiração.
Attico Chassot,
Licenciado em Química e doutor em Ciências Humana
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