13 agosto 2008

EDUARDO SANTOS: UM EXEMPLO A SER OBSERVADO


Guardem este nome: Eduardo Santos. Eliminado por decisão de juizes da modalidade de judô nas Olimpiadas 2008 de Pequim, que apontaram seu adversário, o suíço Serguei Aschwanden, vice-campeão mundial em 2003 nos meio-médios, como vencedor, Eduardo não se dá por derrotado. Sua história é digna de admiração, pois todos os caminhos não lhe eram favoráveis para chegar às disputas de uma competição internacional.
Eduardo entrou como um desconhecido da própria equipe brasileira de judô. Estreou com vitória em suas três primeiras lutas. Venceu primeiramente o chinês Yanzhu Re, e depois o venezuelano José Camacho, ambos com "ippon" de grande facilidade para o lutador. Depois foi derrotado pelo francês Matthieu Dafreville numa luta onde houve dúvidas nas decisões dos juízes. Posteriormente disputou a repescagem e venceu o italiano Roberto Meloni, mais uma vez por ippon, com uma técnica de projeção. Depois disputaria com o suiço a luta em que pesou a decisão dos juizes, e que o eliminaram dos jogos.

Conforme detalhes da página do UOL, Eduardo reconheceu suas falhas e destacou que em futuro proximo estará novamente nas olimpíadas.

Após um duelo extremamente acirrado de dez minutos, o brasileiro dependeu da escolha dos juízes. E após uma contestável decisão, foi derrotado. "Dei o melhor de mim, mas não tive competência para derrubar o adversário", afirmou o atleta chorando compulsivamente após a luta, sem conseguir falar mais nada. (UOL - 13.08.08)
O exemplo de Eduardo Santos pode ser inspirador para muitos de nós que nos consideramos derrotados diante de poucas dificuldades. Eduardo era "faixa marron" do judô há poucos meses antes das Olimpiadas. Necessitava avançar para a "faixa preta" para disputar os jogos. Todavia, não possuía o valor (R$500,00) para fazer a prova de troca de faixas. Não se deu por vencido e foi até a sede da federação paulista de judô, e conseguiu a anistia da taxa. Desta forma, conseguiu avançar na hierarquia da categoria e habilitar-se para Pequim 2008.
Depois disto, mais uma dificuldade deveria ser vencida, Eduardo não possuía passaporte. Desta vez foi a Confederação Brasileira de Judô que proporcionou ao atleta as condições para que fizesse parte da equipe olímpica. Em nenhum momento Eduardo se considerou derrotado.

É o que devemos refletir a partir da história de Eduardo Santos. Podemos ser vencidos por algumas dificuldades, mas nunca derrotados por elas. Muitas vezes o que nos falta é saber driblar nossas frustrações e a partir delas buscar a superação.

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