MULHERES MUITO SEGURAS

É cada vez mais notória a efetiva inserção da mulher no mercado de trabalho. E isso também tem se destacado sobremaneira nas escolas de formação técnica. Nos últimos anos aumenta cada vez mais o contingente de alunas nas salas de aula, em busca de formação em segurança do trabalho. A profissão de técnico de segurança do trabalho já foi privilégio do gênero masculino, desde os tempos remotos em que as empresas possuiam os tradicionais "inspetores de segurança", cuja formação não passava de uma escassa qualificação de alguns meses.Mas atualmente há uma procura das mulheres pela formação técnica em segurança do trabalho, haja vista a valorização que as mesmas tem conseguido em todos os campos de atuação. Existem algumas características que estão sendo importantes na decisão das empresas pela contratação de mulheres. Em sua maioria, as empresas tendem a buscar profissionais com maior preocupação com a saúde de seus funcionários, onde um acompanhamento minucioso do comportamento e atitude das pessoas é ponto crucial. Percebe-se que a mulher, tendo em vista o natural instinto maternal, consegue dispensar de forma incontestável um maior cuidado à saúde dos colaboradores. Pelo menos é isto que se tem observado junto a empresas contratantes de recém formados na região metropolitana de Porto Alegre. O perfil desejado é aquele que leva em consideração uma maior preocupação com as atitudes prevencionistas.

Nas escolas onde atuo esta realidade pode ser observada com maior frequencia a cada ano que se inicia. O volume de alunas matriculadas e iniciando o curso técnico de segurança do trabalho é cada vez maior. Basta que se observem as fotos anexadas a esta matéria, onde já se nota uma presença feminina de cerca de cinquenta por cento.

Não há dúvidas de que ocorre uma pulverização no mercado de trabalho. Um dos argumentos mais frequentes para a preferência das empresas em relação às mulheres é a sua habilidade em lidar com o orçamento da empresa, que muitas vezes não contempla um volume significativo de verbas para investimento na área. Por isso, a experiência das mulheres em administrar recursos escassos é substancial na hora de a empresa decidir-se. Além disso, o senso de organização e dedicação tem sido em elemento de peso no momento da contratação.

Conclusão? Só há uma. O homem já está dividindo com a mulher várias áreas do mercado de trabalho de forma igualitária. No meu entender é hora de nós homens colocarmos literalmente as "barbas de molho". Ou poderemos no futuro cada vez mais assumir exclusivamente as tarefas domésticas, onde me parece precisamos muito aprender.