Um rapaz de 19 anos morreu ao cair de uma altura de dez metros no Pepsi On Stage, em Porto Alegre, na manhã desta quarta-feira (18/03/09). Sidinei Batista trabalhava na estrutura usada em uma instalação elétrica para o show do grupo canadense Simple Plan, que ocorreu na noite de 19 de março no local.
De acordo com Eugênio Correa, proprietário da empresa responsável pela organização do show, quando o Pepsi On Stage é contratado para receber o espetáculo, todos os acordos empregatícios da casa de shows são respeitados. Destaca ele que "Temos a obrigação de manter os contratos preestabelecidos pela casa com empresas terceirizadas. Sei que a empresa em que a vítima trabalhava era muito séria e atendia a todos os critérios de segurança. Foi uma fatalidade, que pode acontecer com qualquer pessoa e a qualquer momento".
Por parte da imprensa parece que esta foi somente mais uma morte, pois a empresa era muito séria e possuía todos os cuidados com relação ao funcionário. O depoimento tomado foi unilateral, sem que houvesse qualquer contestação da parte atingida. Será que não seria oportuna a fala de um dos funcionários da empresa? Comprovando ou refutando a posição do empresário? Veja que o mesmo considera o ocorrido uma fatalidade. Será mesmo? Se todos os cuidados fossem tomados, o trabalhador seria acometido pelo fatalismo? Imediatamente lembrei do livro "Análise de Acidentes de Trabalho Fatais no RS", recentemente comentado por mim aqui neste espaço. (leia em"http://profjairobrasil.blogspot.com/2009/02/acidentes-de-trabalho-fatais-no-rs.html")
A indústria do lazer tem aumentado de forma exponencial sua atuação nos últimos anos, proporcionando oportunidades de trabalho para muitos adolescentes e apreciadores de espetáculos. Os finais de semana, principalmente nas regiões metropolitanas, estão repletos de shows, festivais, feiras, exposições, entre outros. É um novo segmento que está aí, demandando uma quantidade enorme de trabalhadores, mas sem a presença essencial de profissionais especializados em segurança do trabalho. O Mapa do Palco, o formato dos Estandes, a posição dos Módulos das Arquibancadas são distribuídos ao pessoal de montagem sem que haja qualquer preocupação com assuntos que abordamos cotidianamente em nossas salas de aula: NR 18 - trabalho em altura e montagem de andaimes, NR 33 - espaço confinado, NR 10 - trabalho em serviços com eletricidade, NR 6 - equipamentos de proteção individual, e tantos outros.
Talvez seja a hora de uma ação mais efetiva dos órgãos fiscalizadores, exigindo uma postura mais profissional por parte das empresas que produzem estes espetáculos, e mesmo aquelas que são contratadas para a parte mais pesada. A montagem destas estruturas está coberta de amadorismo e improvisação. Não querendo generalizar a existência da “gambiarra” institucionalizada, até porque se sabe da existência de algumas empresas responsáveis, uma grande maioria arregimenta trabalhadores de final de semana, sem qualquer experiência e treinamento. Ávidos por participarem do show e estarem próximos de seus ídolos, muitas vezes por não possuírem os recursos financeiros para tal, adolescentes se propõem a trabalhos para os quais estão totalmente despreparados. Aliado a este despreparo, a negligência das empresas na qualificação destes trabalhadores e na contratação de profissionais especializados é uma receita pronta para a tragédia, tal qual esta ocorrida no último dia 19.
A indústria do lazer tem aumentado de forma exponencial sua atuação nos últimos anos, proporcionando oportunidades de trabalho para muitos adolescentes e apreciadores de espetáculos. Os finais de semana, principalmente nas regiões metropolitanas, estão repletos de shows, festivais, feiras, exposições, entre outros. É um novo segmento que está aí, demandando uma quantidade enorme de trabalhadores, mas sem a presença essencial de profissionais especializados em segurança do trabalho. O Mapa do Palco, o formato dos Estandes, a posição dos Módulos das Arquibancadas são distribuídos ao pessoal de montagem sem que haja qualquer preocupação com assuntos que abordamos cotidianamente em nossas salas de aula: NR 18 - trabalho em altura e montagem de andaimes, NR 33 - espaço confinado, NR 10 - trabalho em serviços com eletricidade, NR 6 - equipamentos de proteção individual, e tantos outros.
Talvez seja a hora de uma ação mais efetiva dos órgãos fiscalizadores, exigindo uma postura mais profissional por parte das empresas que produzem estes espetáculos, e mesmo aquelas que são contratadas para a parte mais pesada. A montagem destas estruturas está coberta de amadorismo e improvisação. Não querendo generalizar a existência da “gambiarra” institucionalizada, até porque se sabe da existência de algumas empresas responsáveis, uma grande maioria arregimenta trabalhadores de final de semana, sem qualquer experiência e treinamento. Ávidos por participarem do show e estarem próximos de seus ídolos, muitas vezes por não possuírem os recursos financeiros para tal, adolescentes se propõem a trabalhos para os quais estão totalmente despreparados. Aliado a este despreparo, a negligência das empresas na qualificação destes trabalhadores e na contratação de profissionais especializados é uma receita pronta para a tragédia, tal qual esta ocorrida no último dia 19.
Nossa preocupação com a saúde dos trabalhadores vai muito além dos estabelecimentos industriais, instituições de saúde e empresas comerciais. Cremos que é hora também de observar o segmento do lazer e do entretenimento, visto que o mesmo demonstra grande crescimento e a necessidade de maior atenção por parte das autoridades.
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