De acordo com o jornal La Nacion, que circula em toda a Argentina, em sua edição desta quinta-feira:
"La pandemia por la gripe A ya causó 44 muertos en el país, según estimó ayer el ministro de la salud Manzur, aunque datos extraoficiales sostienen que los fallecimientos podrían llegar a ser el doble y que los contagios superarían los 50.000." Ou seja, na Argentina já são 50.000 pessoas infectadas.
Portanto, creio que devemos ficar de sobreaviso sobre a doença que avança e suas características, já que a prevenção é uma das principais ferramentas que nós dos cursos da área da saúde sabemos tão bem trabalhar. Tenho a impressão de que uma Pandemia já está instalada aí, e os resultados futuros são imprevisíveis. Medidas de prevenção são necessárias de imediato. Por isso, aqui vão alguns detalhes da Gripe H1N1 e resposta a algumas dúvidas que possam surgir.
Segundo especialistas, o vírus Influenza A, chamado de H1N1 que causa a infecção, possui diferentes variantes que acometem não somente os suínos, mas as aves (gripe aviária) e mesmo os seres humanos, causando o conhecido quadro de “gripe”. Os vírus que acometem os animais podem também ser transmitidos ao homem, causando quadro clínico semelhante, mas habitualmente estes quadros são sem gravidade.
No México, em decorrência de um surto de gripe em suínos, algumas pessoas foram infectadas com o Influenza suíno e desenvolveram quadros respiratórios infecciosos, altamente contagiosos. Com suspeita de transmissão de pessoa a pessoa, a disseminação desta nova variante do Influenza pode assumir proporções graves para a população, não somente do México, mas em todo o mundo, fato que levou à Organização Mundial de Saúde a elevar o nível de alerta para 4, devido a possibilidade de disseminação na população humana.
O quadro clínico da doença pode variar desde a ausência de sintomas até a cenários mais severos. Normalmente os sintomas tem sido de uma gripe mais forte, que se apresenta de maneira repentina, com febre alta (superior a 39ºC), dor de cabeça intensa, dores musculares e de articulações, tosse, irritação nos olhos e fluxo nasal.
O vírus da influenza pode ser transmitido de forma direta, através das secreções das vias respiratórias de uma pessoa contaminada ao falar, espirrar, ou tossir; ou de forma indireta, por meio das mãos que, após contato com superfícies recentemente contaminadas por secreções respiratórias de um indivíduo infectado, podem carrear o agente infeccioso diretamente para a boca, nariz e olhos.
Segundo a OMS, não há registro de transmissão deste novo subtipo da influenza suína para pessoas por meio da ingestão de carne de porco e produtos derivados. O vírus da influenza suína não resiste a altas temperaturas (70ºC), temperatura em que os alimentos são cozidos ou assados.
Tratamento
Existem medicações antivirais específicas que podem ser utilizadas para tratamento dos pacientes acometidos pela Influenza suína. O Ministério da Saúde dispõe de estoque destas medicações para o caso de detecções de casos no Brasil.
A Organização Mundial de Saúde está trabalhando para a obtenção de uma vacina contra a doença, mas ainda não se dispõe de uma imunização específica para este surto, pois é necessário que esta vacina contenha informações das variantes suínas do vírus Influenza, responsáveis pelas infecções atuais. As vacinas de Influenza disponíveis para a gripe em idosos e crianças provavelmente não conferirão proteção contra a gripe suína, portanto não são indicadas como medida de proteção ou prevenção.
Na medida em que outras novidades surgirem procuraremos divulgar no Blog. Para aqueles que quiserem se informar mais a respeito da pandemia, podem acessar http://g1.globo.com/Sites/Especiais/0,,16726,00.html
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