SIPAT 2011 NA ESCOLA TÉCNICA CRISTO REDENTOR

A Escola Técnica Cristo Redentor de Porto Alegre realizou na última semana a SIPAT 2011, evento tradicional organizado pelos alunos do curso técnico de segurança do trabalho das últimas etapas. A SIPAT tem a responsabilidade da coordenadora do curso Sheila Guarilha. Mas quem organiza a semana interna são os alunos das turmas que estão há poucos meses de entrar no mercado de trabalho. E desta vez as turmas 1TSTMA10 e 2TSTMA10 estiveram a frente da organização, com a efetiva participação de alunos e alunas antigos conhecidos meus de outras disciplinas das etapas iniciais.

No dia 30 de junho, quinta-feira, houve a palestra do Consultor Técnico Daniel da empresa LUVEX sobre Dermatoses e Dermatites. O auditório da Escola esteve lotado com a presença de todos os alunos de segurança do trabalho e alguns alunos e professores de outros cursos.

Daniel iniciou falando sobre a importância do trabalho do técnico de segurança dentro das empresas, fazendo referência sobre o que os alunos irão encontrar naquela realidade. Disse que muitas vezes o próprio funcionário assume um papel de sabotador, ao possuir um comportamento que contradiz os apelos do técnico quanto ao uso dos EPIs. Mas, foi mais longe ainda, ao criticar muitos técnicos de segurança que pregam a necessidade de se adotar atitudes prevencionistas, mas não são capazes de dar exemplos. E isso ele crê ser fundamental para uma postura exitosa e profissional. Também destacou que para se apregoar atitudes responsáveis é preciso crer naquilo que se ensina. Para ele, o trabalhador pressente quando o técnico não está convencido daquilo que prega.

Ao falar da importância do uso de cremes para proteger a pele contra agentes agressores, Daniel falou sobre o preconceito que existia no meio profissional. Para muitos trabalhadores, o mito das mãos calejadas significando dedicação ao trabalho é uma realidade. Crêem eles que isso seja uma atitude feminina e que, portanto, homens não devem utilizar cremes. Daniel também enfatizou que o fator etário também é grande responsável pela negligência no uso deste EPI, o creme de proteção.

A seguir Daniel trouxe a evolução de doenças de pele e de tumores cancerígenos originários do tratamento equivocado da pele, principalmente quando atacada por agentes agressores. Dentre os agentes químicos há as colas, tintas, vernizes, ácidos, cimento, luva de raspa (por causa do tratamento dado ao couro durante a fabricação), detergentes e derivados de petróleo. Os agentes físicos mais comuns são as radiações UVA e UVB provenientes de soldas, o calor e a eletricidade. As bactérias e os fungos são os agentes biológicos mais comuns a atacar a pele também.

Segundo Daniel os cremes da Luvex possuem ação bacteriostática, pois não deixam criar o meio de cultura favorável à proliferação desses agentes.

Os agentes agressores são capazes, segundo Daniel, de gerar várias enfermidades tais como: doenças de pele, alergias, doenças internas e dermatites de contato. No caso dessas dermatites, a maioria delas está relacionada com resinas, ácidos, óleos de corte, cimento, borracha, radiações e derivados de petróleo.

Na seqüência, Daniel se utilizou de toda a sua capacidade de palestrante e de humorista, ao trazer varias histórias vivenciadas durante sua trajetória dentro da empresa, como representante e como instrutor no treinamento de funcionários. Historias do uso inadequado de cremes de proteção, onde até mesmo foi surpreendido por funcionários que relataram o uso do creme como proteção em atividades sexuais. Disse ele que esse foi um fato que marcou sua vivencia enquanto profissional de vendas da empresa.

Ao final, Daniel foi aplaudido pela platéia entusiasmada com a sua fala e pela versatilidade demonstrada durante o evento. A seguir, o palestrante foi homenageado pelas turmas de segurança, que deram inicio ao sorteio de brindes aos presentes. Foi uma manhã plena de conhecimentos e com nível de excelência na organização. Isso comprova que muitos alunos já estão plenamente preparados para encarar o mercado de trabalho. Parabéns a todas e a todos.