Uma das mais talentosas atrizes brasileiras |
Este final de semana fica a minha homenagem a uma das mais talentosas atrizes brasileiras, e que se despediu na manhã deste sábado. Abaixo matéria publicada no Correio Braziliense de hoje que reproduzo aqui. Mesmo que eu não tenha paixões por telenovelas, mas há que se reconhecer sua grande contribuição à cultura nacional pelo excepcional desempenho nas artes cênicas de forma geral.
A atriz e cantora Marília Pêra morreu
neste sábado (5/12). Ela tinha 72 anos e estava afastada do seriado Pé na cova,
da Globo, por um desgaste ósseo na região lombar. Segundo informações da Globo,
Marília lutava contra um câncer há 2 anos e morreu em casa, ao lado da família.
Marília nasceu em 22 de janeiro de
1943, no Rio de Janeiro, em Rio Comprido (RJ). Aos cinco anos de idade, Marília
estreou nos palcos na tragédia Medeia. "Nasci e cresci acompanhando meus
pais — Manoel Pêra e Dinora Marzulo Pêra —, minha avó materna Antônia Marzullo
e meu tio Abel Pêra", contou, em entrevista ao Correio em agosto de 2014.
A polêmica cena de "Pixote", que a consagrou no cinema |
Completa,
Marília lembrou que, além do teatro, a dança e a música eram grandes paixões.
"Eu me formei bailarina, fiz aula de canto e violão. Também estudei piano
durante 10 anos. Meu pai tinha o desejo que eu me preparasse. Atuar é realizar
o que eu vi durante toda a infância, com meus pais e avós fazendo teatro.
Gostava muito de vê-los atuando e entretendo o público com refinada qualidade.
Gosto de fazer as pessoas entrarem num outro mundo. Há toda equipe envolvida
trabalhando em uma peça, porém são os autores que fazem o verbo, são os
verdadeiros contadores e portadores de história".
Alguns
destaques da carreira da atriz foram as novelas Brega & Chique, O cafona e
Supermanoela, as minisséries O primo Basílio, Os Mais e JK; os filmes Central
do Brasil, Pixote, Bye Bye Brasil e Tieta, além de inúmeros espetáculos
teatrais.
Interpretando Carmem Miranda em show musical |
Carreira
Marília
Pêra também teve intensa atuação no teatro, televisão e cinema e também era
cantora, bailarina, coreógrafa, produtora e diretora de espetáculos teatrais e
musicais. A atriz nasceu no Rio em 22 de janeiro de 1943 e era filha de um
casal de atores, Manuel Pêra e Dinorah Marzullo.
Desde
criança, ela já pisava no palco, levada pelos pais, que faziam parte do elenco
da companhia de Henriette Morineau. Na adolescência, passou a atuar como
bailarina e intérprete em musicais como Minha Querida Lady, estrelado por Bibi
Ferreira.
Nas
primeiras décadas da carreira, entre seus inúmeros sucessos teatrais,
destacam-se a peça Fala baixo senão eu grito (1969), de Leilah Assumpção, pela
qual Marilia recebeu os prêmios Moliére e da Associação Paulista de Críticos de
Arte, e os musicais O teu cabelo não nega (1963) e A pequena notável (1966),
nos quais interpretou Carmen Miranda.
Ainda nos
anos 60, chegou a ser presa durante uma apresentação do musical Roda Viva
(1968), de Chico Buarque, considerado de contestação à ditadura militar.
Dominava o palco dos teatros como poucas atrizes |
Na
televisão, atuou em novelas desde os tempos da extinta TV Tupi (Beto
Rockfeller) e depois na TV Globo, em sucessos como Uma Rosa com Amor, Malu
Mulher, Brega & Chique, Primo Basílio, Rainha da Sucata, Meu Bem Querer e a
série Os Maias. Sa última aparição foi no seriado Pé na Cova, lançado em 2013.
No cinema,
foi brilhante sua atuação no papel de uma prostituta no filme Pixote, a lei do
mais fraco, de Hector Babenco (1980). Também foram marcantes em sua carreira os
filmes Tieta do Agreste, de Cacá Diegues; Central do Brasil, de Walter Salles,
e Bar Esperança, de Hugo Carvana.
A
carreira de Marília Pêra soma números impressionantes. No teatro, como atriz e
diretora, ela atuou em 55 peças. No cinema, foram 27 filmes e na televisão 26
participações em novelas e seriados. Marília coleciona um total de 37 prêmios
de melhor atriz, entre 1969 e 2009.
Fonte: Correio Braziliense
Um comentário:
Meu caro Jairo!
Valeu ler esta edição em que homenageias Marília Pêra.
Muito bonita tua blogada inaugural dos fins de semana de dezembro.
Com admiração
attico chassot
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