15 outubro 2016

MINHA VIDA NA EDUCAÇÃO

Com esta frase mágica, Cora Coralina, uma das maiores poetisas de nosso tempo, sintetizou a importância deste incansável trabalhador da educação, o professor.

Apesar de desfavorecido pela escassez dos recursos financeiros e materiais por todo o país, vive “transformando o limão numa limonada”. Vejo muitos destes heróis e heroínas descobrindo estratégias inúmeras e mirabolantes para tornar sua aula um momento interessante e de transformação, apesar da concorrência desleal que a tecnologia impõe a todo dia. Desprovido das soluções que poderiam lhe favorecer em muitos aspectos, são incansáveis na tarefa de aprimorar sua forma de trabalhar.

Com alunos da Escola Unipacs, em visita técnica
Entender as dificuldades deste profissional em seu dia a dia da sala de aula não é muito simples. Ali naquele ambiente, ele é praticamente um solitário. Apesar do apoio administrativo da direção e da área pedagógica, está ele ali sozinho, a decidir qual a melhor forma de construir o conhecimento. E quantas responsabilidades ele assume como orientador nestas horas. É ele que vive intensamente a rotina de seus pupilos: conduz o aprendizado, experimenta novos caminhos, propõe aconselhamentos, avalia e mostra possibilidades, media conflitos, divide e compartilha frustrações e vibra nas vitórias e conquistas.

Almoçando com o Amigo e Mestre Chassot
Hoje estou professor há praticamente 14 anos, desde que naquele longínquo 2002 me arvorei a ensinar algumas coisas que sabia, numa pequena escola técnica do Distrito Federal, a convite de meu amigo engenheiro Saraiva. A ele sou muito grato, pois descobri possibilidades e desafios gratificantes, de que eu nem imaginava ser capaz.

Recentemente convivi com um grande Educador, que me fez Mestre em Educação como orientador nesta formação, e do qual eu não posso esquecer. Professor Attico Chassot foi um modificador da minha forma de agir, de pensar, de ensinar. Me fez observar realidades para as quais eu ainda sequer estava preparado. Me forneceu instrumentos e ferramentas eficientes para esta nova visão. Como ele mesmo gosta de dizer, meu deu “novos óculos para enxergar o mundo”. E assim foi.

Com alunos da Escola Factum, em visita técnica
Atualmente comemoro uma permanência docente que muito me gratifica, nas escolas da região que me oportunizaram a atividade docente desde que retornei do Distrito Federal, em 2004. Primeiramente, sou muito grato à Escola Unipacs de Esteio, na pessoa do seu diretor Antonio Nazário. Foi o primeiro passo por aqui, e que hoje já completa doze anos de parceria. Em segundo lugar, meu agradecimento pela oportunidade fornecida pela Escola Factum em 2007, quando ainda estava localizada próximo à Av. Salgado Filho. De lá para cá, muitas mudanças ocorreram, e a escola se mudou para o centro histórico e administrativo do estado.

Minha vida nestas escolas tem sido muito instigante, pois além das aulas que ministro nos cursos técnicos, tenho sido com frequência convidado para participar de grupos e comissões que aprimoram o ambiente escolar. Isso muito me gratifica e dá orgulho pelo reconhecimento. Além de tudo, diante da dificuldade atual de mobilidade, sou grato pela forma como tenho sido acolhido e recebido todas as semanas nestas escolas.

PARABÉNS a todos os COLEGAS que comigo compartilham esta paixão que é ENSINAR. 

Um comentário:

Attico CHASSOT disse...

Meu caríssimo Jairo!
Desde Pelotas, quando celebro no 36 EDEQ o meu 56 dia do Professor -- talvez o com maior apreensão pela situação da educação -- agradeço a significativa homenagem que me fazes.
Com espraiada admiração