Mais
uma semana em que o tema acessibilidade se fez presente na minha rotina. Desta
vez, ele tinha a direção do acesso aos deficientes auditivos, com o
conhecimento que nos foi trazido pela equipe da Secretaria de Educação do
estado sobre a Linguagem Brasileira de Sinais, ou popularmente conhecida como
LIBRAS.
Aconteceu
esta semana na Escola FACTUM o I Workshop de Linguagem Brasileira de Sinais,
evento promovido pela Comissão de Acessibilidade e Diversidade, da qual faço
parte. Foi um momento ímpar e magnífico para todos nós que ainda estamos em
busca de conhecimento sobre todas estas ferramentas que facilitam a inclusão.
Prá quem não sabe, a
LIBRAS é uma língua e possui estrutura gramatical própria. Considera-se LIBRAS
uma língua por possuir corretamente os níveis linguísticos fonológico, morfológico,
sintático e semântico, e o que vai diferenciar essa língua das demais é a sua modalidade
visual-espacial, pois o que denominamos de palavra na língua oral-auditiva, na
LIBRAS é denominado por sinais.
A Língua Brasileira
de Sinais não é universal, visto que cada país possui a sua própria língua. O
mesmo ocorre na LIBRAS, há variações de acordo com cada lugar. O que acontece é
que a cultura local interfere e influencia os resultados da língua,
principalmente devido ao regionalismo.
Os sinais são movimentos
específicos realizados pelas palmas das mãos, e dependem de um ponto do espaço
de localização em que esses sinais são realizados, pois como toda a língua, também
deve ser padronizada e isso acontece através de alguns parâmetros traçados para
que todos realizem e possam compreender uns aos outros.
Houve depoimentos e
palestras sobre a deficiência auditiva, com as professoras Claudia Pereira e Márcia
Garcia. Mas o ponto alto do evento foi a interação da Concilia Rosa, funcionária
da secretaria de educação e deficiente auditiva com o público presente. Com a tradução
simultânea de uma das professoras, Concilia proporcionou momento de grande emoção,
ao dizer de sua satisfação em estar participando do evento e das dificuldades
pelas quais passou para chegar até ali.
Um público muito atento assistiu as professoras da Secretaria de Educação do Estado falarem da linguagem de sinais |
Na parte final, os
presentes puderam simular as letras do alfabeto de Libras com a ajuda das professoras.
Todos queriam aprender o repertório de sinais e movimentos indicados. Depois,
fomos convidados a cantar uma canção do abecedário de Libras, para fixar melhor
o conhecimento adquirido. O envolvimento foi geral e empolgou toda a plateia,
que aplaudiu efusivamente na linguagem de sinais ao término da melodia. (O vídeo pode ser assistido aqui https://www.facebook.com/FactumRS/videos/1168297753295655/)
Restou à Diretora de
Ensino, Profª Janaína Sostisso, agradecer emocionada às professoras da
Secretaria de Educação pela grande contribuição e solicitar que retornassem em
outras oportunidades. Um dia inesquecível também para nós da Comissão de
Acessibilidade e Diversidade da Faculdade Factum.
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