05 novembro 2016

QUANDO A INCLUSÃO SE DÁ POR SINAIS



Mais uma semana em que o tema acessibilidade se fez presente na minha rotina. Desta vez, ele tinha a direção do acesso aos deficientes auditivos, com o conhecimento que nos foi trazido pela equipe da Secretaria de Educação do estado sobre a Linguagem Brasileira de Sinais, ou popularmente conhecida como LIBRAS.

Aconteceu esta semana na Escola FACTUM o I Workshop de Linguagem Brasileira de Sinais, evento promovido pela Comissão de Acessibilidade e Diversidade, da qual faço parte. Foi um momento ímpar e magnífico para todos nós que ainda estamos em busca de conhecimento sobre todas estas ferramentas que facilitam a inclusão.  

Prá quem não sabe, a LIBRAS é uma língua e possui estrutura gramatical própria. Considera-se LIBRAS uma língua por possuir corretamente os níveis linguísticos fonológico, morfológico, sintático e semântico, e o que vai diferenciar essa língua das demais é a sua modalidade visual-espacial, pois o que denominamos de palavra na língua oral-auditiva, na LIBRAS é denominado por sinais.

A Língua Brasileira de Sinais não é universal, visto que cada país possui a sua própria língua. O mesmo ocorre na LIBRAS, há variações de acordo com cada lugar. O que acontece é que a cultura local interfere e influencia os resultados da língua, principalmente devido ao regionalismo.

Os sinais são movimentos específicos realizados pelas palmas das mãos, e dependem de um ponto do espaço de localização em que esses sinais são realizados, pois como toda a língua, também deve ser padronizada e isso acontece através de alguns parâmetros traçados para que todos realizem e possam compreender uns aos outros.

Houve depoimentos e palestras sobre a deficiência auditiva, com as professoras Claudia Pereira e Márcia Garcia. Mas o ponto alto do evento foi a interação da Concilia Rosa, funcionária da secretaria de educação e deficiente auditiva com o público presente. Com a tradução simultânea de uma das professoras, Concilia proporcionou momento de grande emoção, ao dizer de sua satisfação em estar participando do evento e das dificuldades pelas quais passou para chegar até ali.

Um público muito atento assistiu as professoras da Secretaria de Educação do Estado falarem da linguagem de sinais
Na parte final, os presentes puderam simular as letras do alfabeto de Libras com a ajuda das professoras. Todos queriam aprender o repertório de sinais e movimentos indicados. Depois, fomos convidados a cantar uma canção do abecedário de Libras, para fixar melhor o conhecimento adquirido. O envolvimento foi geral e empolgou toda a plateia, que aplaudiu efusivamente na linguagem de sinais ao término da melodia. (O vídeo pode ser assistido aqui https://www.facebook.com/FactumRS/videos/1168297753295655/)
 
Restou à Diretora de Ensino, Profª Janaína Sostisso, agradecer emocionada às professoras da Secretaria de Educação pela grande contribuição e solicitar que retornassem em outras oportunidades. Um dia inesquecível também para nós da Comissão de Acessibilidade e Diversidade da Faculdade Factum.

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