05 agosto 2017

A ALIENAÇÃO DA TECNOLOGIA


Alunos e Alunas são escravos das redes sociais cada vez mais
Não canso de destacar aos meus alunos a grande riqueza de dados disponíveis para consulta hoje em dia na rede mundial. Alguns estão sensíveis a tudo isso, e buscam informações para se aprimorarem como profissionais de excelência. Quando estão no computador da Escola, ou ainda nos seus smartphones, procuram utilizar o tempo de forma racional. Fazem pesquisas e buscam notícias ou reportagens relativas à sua área de formação. Tenho recebido muitos depoimentos positivos neste sentido.

Mas uma grande maioria parece alienada aos prejuízos das futilidades das redes sociais. Muitos se deixam “viciar” pelos recadinhos e mensagens idiotas e sem conteúdo. Não que isso seja proibido, mas o exagero faz a desconcentração total. Tem aluno que não consegue desligar o aparelho e prestar atenção em outra coisa. Para alguns inclusive, tenho recomendado buscarem urgentemente uma “clínica de desintoxicação”, tamanha a dependência.

Muitos já não conseguem viver longe das tecnologias
Há pessoas que não conseguem mais conversar e trocar informações senão pelo smartphone. Um dia estava no aeroporto esperando o embarque e fiquei estupefato olhando os passageiros sentados à minha volta. Todos de pescoço encolhidos nos seus “aparelhinhos”, ninguém conversava. Somente se ouviam os recados do alto-falante chamando para as partidas.

Tenho alunos e alunas capazes de pagarem uma mensalidade não tão barata para permanecerem na sala de aula recebendo e enviando mensagens. E quando são chamados a atenção fazem cara de paisagem ou se mostram enraivecidos. Um absurdo.

Conversando com colegas de docência, são raros aqueles que não se deparam com os mesmo dilemas. A maioria dos conflitos instalados em sala de aula tem estes equipamentos como foco central.

A dependência em demasia pode levar a
prejuízos até para a saúde  
Temos buscado alternativas de inserir esta tecnologia como ferramenta de evolução do conhecimento, até porque, entendemos que ela cada vez mais será uma realidade incontestável. Mas para quem não sabe utilizar de maneira produtiva esta ferramenta, não há como encontrar soluções eficazes. A tentação se faz sempre presente, até mesmo para nós professores. É preciso saber dominar o caráter viciante desta tecnologia. Nos nossos escritórios ou em casa, é muito comum numa pesquisa sermos catalisados por outros conteúdos e assuntos. É uma grande dificuldade manter a atenção diante de tamanha quantidade de novidades.

Tenho elegido o domingo como meu dia de libertação. Coloco como “proibitivo” ligar o computador ou consultar o smartphone neste dia, ou fazer alguma atividade remota com eles. Nos demais dias muitas vezes sou escravo, porque assim o exigem minhas atividades. Mas no domingo, nem pensar ficar a reboque desta tecnologia. Me devoto aos compromissos estritamente familiares, de descanso e de renovação do pensamento.

Algumas atitudes podem libertar desta alienação 
Procuro também no domingo desenvolver minhas leituras em “livro-papel”, coisa que por descuido quase acabei transformando em leitura eletrônica.

Portanto, sugiro aos meus amigos, colegas, alunos e alunas que também busquem alternativas de não se deixarem escravizar pela tecnologia. Ela é sim importante, e nos beneficia com muitas novidades. Mas também nos escraviza e pode nos tornar alienados a tudo que nos cerca, inclusive desvirtuar o contato com a família.

Quer saber quando você já está no limite? Quando começa a utilizar diariamente os aplicativos para dar “Bom Dia” e “Boa Noite”. Conheço vários que já fazem isso.

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