Yachthouse Residence Club, as torres gêmeas brasileiras
em Balneário Camboriú
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Sempre acreditei que a
criatividade fosse um imperativo dos indivíduos ousados, pois quem tem bom senso
em demasia se vê restringido do poder criativo. Esse é um postulado. Outro, em
sentido contrário, ressalta o que os japoneses se tornaram exímios e
exercitaram ao longo de décadas: “Tudo que é bom e promissor, deve ser copiado
ou aprimorado!"
Pois bem, não tenho certeza
que seja uma cópia ou espírito criativo o que começa a tomar forma no litoral
catarinense: o Yachthouse Residence Club em Balneário Camboriú. E ainda
inconclusa, a obra já soma um acidente com danos materiais em seu cronograma.
Na última segunda-feira, dia 25 de setembro, uma carga de concreto desabou do
50° andar sobre os veículos estacionados na calçada da Avenida Normando Tedesco,
sem prejuízos pessoais felizmente.
As Torres Gêmeas brasileiras terão 75 andares e uma marina em anexo |
O empreendimento foi
projetado para ter 75 andares em cada uma das torres, sendo o primeiro imóvel
do país a ter uma marina anexa parra os proprietários. O imóvel tem a
assinatura do estúdio de design italiano Pinifarina, reconhecido
internacionalmente pelos projetos de marcas como Ferrari e Rolls-Royce.
Diante do ocorrido na segunda, o
Ministério Público Federal de SC solicitou a paralisação da obra, até que
houvesse a comprovação de que havia condições seguras para a retomada. E tão
logo teve ciência da ação do MP, a construtora providenciou o laudo técnico e
de segurança da obra, o PCMAT atualizado, os comprovantes de capacitação dos operários
para trabalho em altura, entre outros, e a presença permanente de uma equipe de
Medicina do Trabalho à disposição no canteiro de obras.
Na segunda, dia 25, uma carga de concreto desabou
do 50.o andar sobre a calçada
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Assim que o ocorrido foi
notificado, uma perícia realizada pela Defesa Civil e pela Secretaria de
Planejamento Urbano do município constatou não ter havido danos à estrutura e
comprovou a segurança da obra. Diante disso, a juíza Adriana Lisboa, da Vara da
Fazenda Pública de Balneário Camboriú solicitou que o MP-SC se manifestasse
sobre o pedido de interdição, já que todos os requisitos foram atendidos e
demonstraram responsabilidade por parte da empresa. O Ministério ainda não se
manifestou, mas é provável que atenda a juíza nas próximas horas.
Em se tratando de saúde e segurança
do trabalho, tema que a muitos de nós é sempre pertinente, o caso relatado
demonstra duas facetas importantes. A primeira destaca que a empresa adotou “quase”
todos os requisitos indispensáveis para uma obra de tamanha envergadura: documentação,
treinamento, equipe de atendimento, etc. A segunda faceta poderia ter ensejado
um acidente grave, pois houve falha grave que determinou a queda de material
sobre a calçada, e que poderia ter evoluído para um acidente grave caso
houvesse ali pedestres em circulação.
A sorte se fez presente
também.
Tomara a nova versão das “Torres
Gêmeas”, agora no litoral do Brasil, consigam ser erguidas até sua conclusão sem
qualquer outro de acidente.
E que também por aqui não frutifique
nenhum “grupo terrorista” brasileiro, sob o comando de algum “Osama Bin Laden”
tupiniquim.
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