23 setembro 2017

O PORQUÊ DO SETEMBRO AMARELO...


Estamos no Setembro Amarelo, mês de conscientização sobre a importância da prevenção do suicídio. O Ministério da Saúde divulgou, nesta quinta-feira (21/9), o primeiro Boletim Epidemiológico de Tentativas e Óbitos por Suicídio no Brasil. Um dos alertas é a alta taxa de suicídio entre idosos com mais de 70 anos. Nessa faixa etária, foram registradas média de 8,9 mortes por 100 mil nos últimos seis anos. A média nacional é 5,5 por 100 mil. Também chamam atenção o alto índice entre jovens, principalmente homens, e indígenas. 

Enforcamento é a maior causa de mortes

O diagnóstico registrou entre 2011 e 2016, 62.804 mortes por suicídio, a maioria (62%) por enforcamento. Os homens concretizaram o ato mais do que as mulheres, correspondendo a 79% do total de óbitos registrados. Os solteiros, viúvos e divorciados, foram os que mais morreram por suicídio (60,4%). Na comparação entre raça/cor, a maior incidência é na população indígena. A taxa de mortalidade entre os índios é quase três vezes maior (15,2) do que o registrado entre os brancos (5,9) e negros (4,7). 

A morte por enforcamento é a causa de 62%  dos suicídios
Entre os jovens de 15 a 29 anos, o suicídio é maior entre os homens, cuja taxa é de 9 mortes por 100 mil habitantes. Entre as mulheres, o índice é quase quatro vezes menor (2,4 por 100 mil). Na população indígena, a faixa etária de 10 a 19 anos concentra 44,8% dos óbitos.

Concentração de Mortes no Sul

Um dos fatos que mais chamam a atenção dos técnicos do órgão é a concentração de registros de casos em algumas áreas do País. A região Sul apresenta 23% dos casos, embora responda por 14% da população brasileira. O Sul é acompanhado pelo Ministério da Saúde há 10 anos e há fortes indícios de que o problema possa estar relacionado à cultura do fumo e aos agrotóxicos usados nas lavouras.
Forquetinha é o município brasileiro com
maior índice de suicídios por habitante

"Pesticidas manganês aumentam o risco de provocar danos ao sistema nervoso central", observa a diretora do departamento de Doenças e Agravos Não Transmissíveis do Ministério da Saúde, Fátima Marinho. Para ela, essa relação precisa ser acompanhada de perto. "Além do suicídio, a ação do pesticida está associada a outros agravos, que também precisam ser avaliados, como câncer e más-formações congênitas. Esse assunto precisa estar na agenda."

Três cidades gaúchas se destacam por casos de Suicídio

Pelos dados coletados pelo Ministério da Saúde, estão no Rio Grande do Sul três das quatro cidades com piores indicadores de suicídio. O município de Forquetinha é o que apresenta a pior taxa de suicídio no País. São 78,7 casos a cada 100 mil habitantes. Para se ter uma ideia, a taxa de mortalidade nacional é de 5,7 a cada 100 mil.

Outros dois municípios gaúchos estão entre os
maiores índices de suicídio no Brasil
Em segundo lugar, vem Taipas do Tocantins, com 57 casos por 100 mil. Travesseiro, no Rio Grande do Sul, vem em terceiro lugar, com 55,8 casos por 100 mil; e André da Rocha, também no Rio Grande do Sul, com 52,4. Também são consideradas de risco regiões do Piauí e a divisa entre São Paulo e Minas. 

Faculdade FACTUM terá programação

Nos dias 26 e 29 de setembro, a Faculdade FACTUM terá uma programação de Palestras dentro do Setembro Amarelo. Elas acontecerão nos três turnos com palestrantes diferentes. Veja abaixo a programação.

A Faculdade FACTUM promove palestras na próxima semana. Veja abaixo a Programação.

Data
Horário
Palestrante
Tema
26/09
08h às 11h45

Profª Clarissa Pessota - Psicóloga
“Precisamos falar sobre o Suicídio”
13h45 às 17h30

Prof. Paulo Fernando Ferraz - Psicólogo
“Ligados à Vida por um Fio: o Suicídio”
18h45 às 22h15

Profª Daniela Berger - Psicóloga
“Prevenção ao Suicídio”
29/09
18h45 às 20h30
Prof. Paulo Fernando Ferraz - Psicólogo
“Ligados à Vida por um Fio: o Suicídio”


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