02 dezembro 2017

CUIDADO COM O SILÊNCIO


Administrar também é uma Arte
Administrar é verdadeiramente uma Arte. E quem administra precisa estar sempre atento às ciladas que muitas vezes podem apanhar o administrador de “calças curtas”. Ser surpreendido por situações ou atitudes inesperadas é comum para quem se acomoda achando que tudo está sob controle.

E dentre os erros mais comuns cometidos pelos administradores podemos citar:

a) Considerar que sabe tudo ou que de tudo entende: O Bom Líder ouve as pessoas à sua volta e procura saber a opinião delas.

Tirar um tempo para ouvir a Equipe é primordial
para um bom administrador
b) Mostrar a todos quem está no comando: A arrogância também pode acobertar incapacidades e defeitos do Líder. O verdadeiro Líder se impõe pelo exemplo e pelas atitudes.

c) Não dedicar tempo para conhecer seu Time: Muitas vezes o Líder acaba assumindo uma quantidade enorme de tarefas (que deveria delegar) porque entende que só ele consegue fazê-las. E com isso, se torna cego para enxergar as qualidade de sua Equipe.

d) Os Problemas se resolvem sozinhos: Há líderes que agem como o “avestruz” diante dos problemas. Ao invés de enfrentá-los, escondem a cabeça para não enxergar os problemas e acreditam que eles se resolvem por si.

Marlon Brando incorporando "O Poderoso Chefão"
no cinema
e) Acreditar que “está tudo dominado”: Há líderes que podemos classificar de “vaidosos”, e que acreditam que nunca existiu alguém com melhor desempenho do que ele. O silencio muitas vezes acoberta situações catastróficas.

Pois bem, estes são alguns dos erros mais comuns dos administradores, das lideranças. Poderia citar muitos outros ainda que comprometem uma boa administração e surpreende quando menos se espera.

A natureza nos dá mostra de que devemos estar muito atentos ao "silêncio" em qualquer oportunidade. E uma destas oportunidades aconteceu há treze anos atrás, no Tsunami de 2004 na costa do oceano Índico. Um terremoto de magnitude 9,3 na escala Richter (escala que mede a intensidade destes eventos) deu origem a movimentações oceânicas que provocaram cerca de 193.000 mortes. Só na Indonésia, país mais atingido, foram 127.000 mortes, 37.000 desaparecidos e cerca de 700.000 desalojados.
Tsunami 2004 na Indonésia: 193.000 mortos


Em março do ano de 2011 foi a vez do Japão sofrer algo similar, com magnitude de 9,1 na escala Richter. Foram cerca de 16.000 mortos e 2.500 desaparecidos. Além das mortes provocadas pelo Tsunami, a explosão da Usina de Fukushima espalhou radioatividade por toda a região nordeste da ilha. Os efeitos provocados pela radioatividade somente agora começam a aparecer, e certamente ainda vão gerar muitas mortes.

E as pessoas envolvidas na Defesa Civil destes países aprenderam que o “silêncio e a calmaria” é um dos sinais mais emblemáticos que antecipam uma tragédia. Nestes locais onde os eventos catastróficos ocorreram, muitas pessoas sequer acreditavam no que estava por vir. Alguns duvidaram dos alertas emitidos pelas autoridades locais.

Tsunami 2011 no Japão: 16.000 mortos
O que chamou a atenção na fase preliminar dos “maremotos” (ou Tsunami, como queiram) foi a calmaria no mar, sem ondas e um grande recuo das águas, expondo a areia escura e os crustáceos do fundo mar. Uma visão jamais vista. Outro sinal muito estranho para os habitantes locais e turistas foi a revoada intensa de pássaros que antecipou as duas tragédias. Tudo isso se tornou um grande aprendizado para as autoridades locais, no sentido de estarem mais bem preparadas para futuros eventos.

Portanto, para quem administra ou lidera é muito importante “ouvir a voz do silêncio”. Como comprovaram os povos asiáticos, há sinais imperceptíveis que precedem uma tragédia.

ENTÃO! Se você está percebendo este silêncio na empresa que administra, muito cuidado! Pode ser que o Tsunami seja questão de horas.

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