Sou bastante seletivo na escolha
de programas de televisão para assistir. Aliás, sou bastante utilitarista em
minhas escolhas neste meio de comunicação. A televisão aberta oferece raras
oportunidades de se agregar algum conhecimento, principalmente quando se vê tanta
futilidade em telenovelas e programas de auditório. O que dá IBOPE são cenas de
agressividade e sensualidade. Isto canaliza a audiência massiva e faz o
patrocinador muito feliz na divulgação de seus produtos. E o que não for nesta direção
é evitado pelas emissoras.
Por isso tudo, estas
oportunidades quatrienias de Copa do Mundo de futebol ou de Olimpíadas são raras.
Até mesmo pela periodicidade com que acontecem. No futebol, como a maioria dos
brasileiros, gosto de ver a seleção brasileira em atuação, mesmo que seja para
criticar os atletas ou a eficiência do treinador. Nas Olimpíadas tenho uma
preferência pelas competições de atletismo, onde me agradam o salto em altura
com vara, o salto em distância e as provas de 100 e 200 metros rasos. Nestas
olimpíadas londrinas estou atento à Mauren Maggi, no salto em distância, à
Fabiana Murer, no salto em altura, e aos velocistas brasileiros que podem nos
trazer alguma medalha mais significativa.

Desde a última
Copa do Mundo de 2010, quando estive atento aos jogos do time brasileiro, e que
pouca coisa nos trouxe a não ser o conflito contundente entre o técnico Dunga e
a Rede Globo, onde até palavrões de baixo calão foram ouvidos; e quando não ouvidos,
esta última copa nos trouxe outra forma de se ver televisão, a leitura labial,
a televisão não estava tão interessante.
Estou gostando
desta etapa da televisão brasileira, e sei que vou sentir saudades mais adiante,
quando tiver de assistir outra vez o Pedro Bial, naquele ridículo reality show
já manjado. Mas tenho me cuidado, pois esta troca de canais e a assistência a
dois assuntos extremamente antagônicos, esportes e roubalheira, pode me levar a
uma grande confusão.

Ou seja, tá tão empolgante a
televisão neste momento que, se não me cuidar, vou acabar achando que os
atletas podem ser presos depois das Olimpíadas e os corruptos saírem do Supremo
com as medalhas no pescoço. Na verdade, o que se quer é que os corruptos deixem
o Supremo com as algemas nas mãos, enquanto nossos atletas recebam a justa homenagem
pela dedicação, principalmente aqueles que foram capazes de enfrentar as mais
variadas adversidades para representar dignamente nosso país. Bem diferente
daqueles que foram escolhidos para nos representar e que tão somente se
preocuparam em aumentar seus patrimônios.
Um comentário:
Muito caro Jairo,
realmente é preferível alternar a audição de música gauchesca (como faço agora na FM 107.7) com música clássica a saber de Olimpíadas/mensalão.
Como tu sou seletivo utilitarista,
Com votos de um domingo musical,
attico chassot
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