Todos nós temos nossos ídolos |
Não é pelo avançar da idade que deixamos de
ter nossos ídolos, nossos heróis. Na infância normalmente os pais representam
muitas coisas, e acabam assim sendo nossos ídolos. Nesta época só notamos as
virtudes, sequer vislumbramos os defeitos das pessoas. Nossa mente possui
escassos preconceitos. Todavia, na medida em que crescemos, e a adolescência é
a época em que nos fazemos mais exigentes e críticos, esse glamour se esvai.
Esta é a fase das avaliações e, na qual, começamos a formar nossa
personalidade. Assim, começamos a observar mais amiúde comportamentos e
atitudes das pessoas que nos cercam. É a fase onde os amigos não possuem
defeitos, porque não contrariam nossas atitudes; diferentemente de nossos pais,
que vivem chamando nossa atenção na tentativa preservar-nos dos perigos da
vida. Pode-se dizer: “Bem coisa de adolescente!”
Ao longo da vida entendi que para ser meu
ídolo ou meu herói, o candidato tem de passar por algumas provas de fogo, mesmo
que ele tenha alguns defeitos. Mas estes devem ser superados por suas virtudes.
E foi assim que, ao longo dos anos, fui formando minha galeria de ídolos e de
heróis; e nesta semana quero reverenciar um deles: Nelson Mandela.
Mandela foi um revolucionário em nome da paz |
Mandela nasceu em 18 de julho de 1918 no clã
Madiba no vilarejo de Mvezo, no antigo território de Transkei, sudeste da
África do Sul. Seu pai, Henry Gadla Mphakanyiswa, era chefe do vilarejo e teve
quatro mulheres e 13 filhos - Mandela nasceu da terceira mulher, Nosekeni. Seu
nome original era Rolihlahla Mandela.
Mandela foi acusado de deixar o país
ilegalmente e incentivar greves, sendo condenado a cinco anos de prisão. A pena
foi servida inicialmente na prisão de Pretória. Em março de 1963, ele foi
transferido à Ilha de Robben, voltando a Pretória em junho. Um mês depois,
diversos companheiros de partido foram
presos.
Mandela
e outras nove pessoas foram julgados por sabotagem, no que ficou conhecido como
Julgamento Rivonia, ocorrido entre 1963 e 64. Sob o risco de ser condenado à
pena de morte, Mandela fez um discurso à corte que foi imortalizado.
Mandela
passou 18 anos detido na ilha de Robben, na costa da Cidade do Cabo, e nove na
prisão Pollsmoor, no continente – a transferência ocorreu em 1982. Enquanto
esteve preso, Mandela perdeu sua mãe, que morreu em 1968, e seu filho mais
velho, morto em 1969. Ele não foi autorizado a participar dos funerais.
Durante
o período em que ficou preso, sua reputação como líder negro cresceu e
sedimentou a imagem de liderança do movimento antiapartheid. A partir de 1985,
ele iniciou o diálogo sobre sua libertação com o Partido Nacional, que exigia
que ele não voltasse à luta armada. Neste ano, ele passou por uma cirurgia na
próstata e, ao voltar para a prisão, passou a ser mantido em uma cela sozinho.
Em 1988, Mandela passou por um tratamento
contra tuberculose e foi transferido para uma casa na prisão Victor Verster. Em
2 de fevereiro de 1990, o presidente sul-africano Frederik Willem de Klerk
reinstituiu o Congresso Nacional Africano (CNA). No dia 11 de fevereiro de
1990, Mandela foi solto e, em um evento transmitido mundialmente, disse que
continuaria lutando pela igualdade racial no país.
Um homem com o firme propósito de modificar
a situação do seu povo, na libertação de seus irmãos do regime do “apartheid”,
que segregava os negros numa vida de penúria, excluídos de todas as condições de
conforto que os europeus desfrutavam.
A revolução proposta por Mandela contra o “apartheid”
na África do Sul, defendeu os mesmos princípios de Mahatma Ghandi na Índia,
outro de meus heróis nascidos no século passado: a paz e o entendimento. Não pensem
que foi fácil pregar a não violência e aplacar a ira dos excluídos como forma
de transformar o futuro do país. Por isso tudo admiro este grande herói de nossos
tempos. Com ele formo mais uma vez a galeria destes meus ídolos: Nelson Mandela,
Zilda Arns, Mahatma Gandhi e Martin Luther King entre outros. A cada passagem de
um deles sinto que o mundo fica um pouco mais pobre na solução dos seus problemas.
“Devemos promover a coragem onde há medo ,promover o acordo onde
existe conflito, e inspirar esperança onde há desespero.” Nelson Mandela
Um comentário:
Meu caríssimo amigo e colega Jairo,
adiro a justíssima homenagem prestada a Nelson Mandela e compartilho em muito com teu panteão de heróis.
attico chassot
http://mestrechassot.blogspot.com.br/
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