
Em nível regional, o caso Detran, que usurpou cerca de 40 milhões de reais do dinheiro do contribuinte gaúcho, e a Merenda Escolar em Canoas, que abocanhou cerca de 3 milhões de reais na gestão do corrupto governo Marcos Ronchetti, também amealhados do dinheiro do contribuinte gaúcho canoense, são dois exemplos. Ou seja, até agora ninguém foi responsabilizado por essas façanhas. O que dizer então da fraude dos Correios na Assembléia Gaúcha? Sabem no que deu?
Em nível nacional, de constatação bem recente, o mensalão implantado pelo governador José

Da história canoense conheço bem menos do que a do Distrito Federal, pois lá morei de 1994 a 2003, mais apropriadamente em Taguatinga, cidade satélite das mais populosas da região. Prá começo de conversa, a câmara legislativa do DF foi criada em 1986, sob o pretexto da representatividade do povo e sob a pressão de políticos profissionais que vasculham oportunidades de cargos públicos.

José Roberto Arruda iniciou sua carreira de servidor público como diretor da Novacap (Companhia Urbanizadora da Nova Capital), ainda no fim dos anos setenta. Em meados dos anos 80 tornou-se diretor da CEB (Companhia Energética de Brasília),

Aqui realmente vale a expressão: “Diga-me com quem andas, que eu te direi quem és!” Prá quem não lembra, Arruda renunciou ao Senado depois de, juntamente com Toninho Malvadeza, como era conhecido o senador Antonio Carlos Magalhães (que Deus? o tenha), ser flagrado na violação do painel eletronico do Senado Federal, quando da votação da cassação do colega senador Luis Estevão.
Depois de enfatizar de forma contundente sua inocência no episódio do painel, a certa altura reconheceu o delito e pediu desculpas ao povo de Brasília. Um pedido de desculpas empanado pelas lágrimas de jacaré derramadas na tribuna. Mais tarde voltaria à cena pública como candidato a deputado federal, pedindo nova oportunidade aos eleitores locais. Absolvido pelas urnas retorna com grande suntuosidade, ostentando uma das maiores votações da história local. Começava aí a jornada para o segundo ato da vida pregressa do político enganador: a articulação para chegar ao Palácio do Buriti. Depois de financiar as campanhas de seus aliados, implantou um processo de pagamento de propinas, impondo aos empresários locais um “caixinha” comandado por seu algoz e delator de toda a quadrilha: Durval Barbosa.
Surpreendidos pela Operação “Caixa de Pandora” da Polícia Federal, a quadrilha teve seus momentos gravados com detalhamento indiscutível. Parece que o unico avesso às câmeras e áudio foi o vice Paulo Octavio, dono de construtoras e um fiel servo da Igreja Sara Nossa Terra.

Costurando esses fatos de corrupção ocorridos tanto em Brasília, quanto aqui nas nossas barbas, é triste observar que nesse Natal muitas famílias sequer terão o feijão e o arroz para uma refeição decente. E saber que em 2010 acontece mais um ato do espetáculo eleitoral, com a escolha de governanças e representatividades em níveis estadual e federal. O que deveria ser uma festa democrática, abominando os tempos ditatoriais, parece se tornar cada vez mais um espetáculo de horrores, com a escolha de uma maioria perniciosa para conduzir nosso futuro. Que Deus nos oriente nessa hora, pois a única arma que temos é o voto.
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