
Falando da importância da leitura, o professor Renato Bernhoeft cita a seguinte história como exemplo do que ocorre com muitos jovens atualmente.
Na véspera do aniversário de um jovem, ele se encontra com um amigo, que é apreciador de bons livros e leitor contumaz. O amigo lhe diz muito entusiasmado:
- Quero te fazer uma surpresa no seu aniversário. Vou presenteá-lo com um livro.
O outro amigo, muito constrangido, responde:
- Obrigado, mas eu já tenho um.
Esta historia é um retrato muito real e triste da nossa realidade no que se refere ao hábito da

A alienação é maior com aqueles que costumam utilizar a informática e suas páginas de relacionamento, tais como, as páginas do Orkut, o bate-papo do MSN e do Skype e, muito recentemente, o Twitter, de forma costumeira e quase religiosa. Ou seja, não sabem acessar o computador sem se escravizar com esses conteúdos. Aliás, as bibliotecas das Escolas tem se ressentido constantemente com alunos que utilizam o ambiente de pesquisa, agora com disponibilidade de computadores para tanto, de forma inadequada. O computador também tem se tornado um obstáculo ao cultivo da boa leitura e da escrita razoável. A facilidade que encontra o usuário da Internet ao pesquisar, e a quantidade de conteúdos disponíveis desvia a atenção de muitos precoces pesquisadores. Há que se ter muita disciplina para não se envolver pelas múltiplas chamadas marqueteiras que aparecem na tela. Confesso a vocês que também sofro muito nos acessos que faço a rede mundial. Sinto-me instigado pelas manchetes e por aqueles anúncios piscantes. Manter o foco é um desafio para qualquer usuário.
Alguns conteúdos disponibilizados na Internet são indescritíveis, e porque não dizer, medíocres, pois chegam a beirar o ridículo. Textos mal construídos e carregados de informações inverídicas são comuns nestes espaços. E quando o aluno serve-se desses conteúdos para trabalhos de pesquisa, o resultado final é caótico, pra não dizer trágico.
Na verdade, os conteúdos de credibilidade na rede mundial estão depositados em páginas de reconhecida credibilidade, e que muitas vezes, o aluno não acessa por desconhecer esses espaços. São páginas de órgãos públicos, periódicos de renome nacional e internacional, cursos superiores que disponibilizam

Aqui entra o papel do professor. Orientar os alunos de como utilizar adequadamente a rede mundial e fazer pesquisa de conteúdos confiáveis. Lembrando ainda que a pesquisa não se faz tão somente utilizando a Internet, mas que também a disponibilidade de literaturas como revistas, jornais e livros fazem parte de um arsenal a disposição do aluno. E o que se tem observado é uma negligencia acentuada em relação a esses meios de pesquisa. Falou em pesquisar, a maioria dos alunos imagina que só a Internet viabiliza essa atividade. Talvez esse seja o maior motivo do baixo índice de leitura dos alunos, e conseqüentemente, da péssima construção de textos e do desconhecimento de certos conteúdos.
Bons tempos aqueles dos ditados e das redações que a professora de português cumpria religiosamente no antigo Curso Primário. O aprendizado de palavras difíceis, escritas com Ç ou com SS ou ainda com X ou CH, era reforçado quase todas as semanas.
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