Será que "ver" é o mesmo que "enxergar"? |
Há um ditado antigo que diz: "O pior cego é aquele que não quer ver!" Mas será que há alguma diferença entre “ver”
e “enxergar”? Eu acredito que sim.
Hoje o meu interesse é
falar de uma atitude que considero de grande relevância, por parte daqueles que
são capazes de “enxergar” com outros olhos aquilo que muitos não conseguem “ver”.
Quero falar da solidariedade. Mais especificamente da ação voluntária; daquelas
pessoas que são capazes de doarem boa parcela do tempo de que dispõem para
cuidar do próximo e das suas necessidades.
Nas provas de atletismo dos Jogos Paralímpicos, os "guias" são os olhos dos atletas cegos |
Muitos idosos fazem parte do corpo de voluntários da AACD |
A confiança dos
competidores nestes verdadeiros “anjos” me trouxe emoção em todas as provas que
assisti pela televisão. Eles vibram junto com seus orientados, e choram tanto
na derrota quanto na vitória. É um espetáculo à parte.
Por tudo isso, sou um
grande admirador do trabalho voluntário.
Ainda esta semana, estava fazendo
minha sessão de fisioterapia semanal na unidade da AACD aqui da Av. Cristiano
Fischer, quando me deparei com um destes personagens. Há ali, um grupo admirável
de pessoas que dedicam seu tempo às crianças com deficiência. Fiquei
extremamente comovido com o que vi. Uma senhora de certa idade, sentada em um
pequeno banquinho brincava e se divertia com uma criança acometida de paralisia.
E o que mais encantava ela era ver o sorriso daquela criança. Um gesto simples
que parecia alimentar aquela senhora de alegria e satisfação com o trabalho que
realizava.
Os voluntários da AACD contam suas histórias
Outro dia da semana, assistindo uma reportagem do jornal televisivo, mais uma vez tomei conhecimento de um excepcional trabalho voluntário. Sérgio Oliveira, corretor de imóveis, morador de Salvador, Bahia, que havia perdido o filho ainda pequeno por causa de um câncer implacável, resolveu dedicar parcela de seu tempo a outras crianças acometidas do mesmo mal. De uma forma muito desprendida, adquiriu um veículo apropriado e começou a transportar pacientes infantis que necessitavam de tratamento de quimioterapia em hospitais da região. Superando uma depressão, Sérgio se encorajou e resolveu montar uma verdadeira rede de solidariedade, envolvendo inclusive outros empresários da região. Ou seja, o Sérgio “enxergou” aquilo que muita gente não vê.
O exemplo de Sérgio Oliveira é comovedor
São todos estes exemplos
que nos mostram o quanto somos capazes de contribuir com alguma coisa pelo bem
do próximo. A atitude egoísta de pensar somente nos problemas pessoais faz com
que nos tornemos mais cegos do que aqueles que não veem. Resta a
muitos de nós “enxergar” realmente o que podemos fazer pelo bem dos outros.
Então, venha você também ser um VOLUNTÁRIO!!! Você pode!!!
Então, venha você também ser um VOLUNTÁRIO!!! Você pode!!!
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