Segundo domingo de maio, Dia das Mães |
Este Segundo domingo
de maio possui dois significados para mim.
O primeiro
significado é pelo comemorativo Dia das Mães, onde pelo quarto ano seguido não tenho
mais a presença física de minha mãe. Mesmo que se diga que estas datas foram
estabelecidas mais pelo aspecto econômico do que propriamente para lembrar
pessoas tão amadas, não há como afastar as recordações que tenho da sua
companhia desde a infância. Com ela foi que aprendi muitas das coisas pelas
quais adquiri satisfação em realizar, e que é motivo de reconhecimento pelos
meus pares.
Acometida de aneurisma fulminante numa quinta-feira gelada de agosto de 2013, não resistiu e
nos deixou no sábado subsequente. Lembro ainda hoje, quando próximo do meio-dia
recebemos a notícia triste de seu falecimento, depois de passar uma noite na
UTI, onde não podíamos visitá-la. Ainda quando estava no quarto, na sexta-feira
pela manhã, tentei falar com ela e notei seu abatimento. Parecia uma pequena vela
que aos poucos perdia a intensidade de sua luz. Fiquei desesperado, mas também
inerte e sem ação, pois nada podia fazer.
Hoje, como ressalta
o poeta Caio Fernando Abreu: “A gente lembra! E já não dói mais! Mas dá Saudade!”
O segundo significado
deste domingo, 14 de maio, também considero uma perda. Faz quinze anos que
nosso maior ambientalista nos deixou, José Antonio Lutzenberger, o “LUTZ”. Um
verdadeiro fenômeno humano, se atentarmos para os detalhes da sua trajetória e
de sua vida dedicada à causa ambiental. Um intelectual muito alem do seu tempo,
e que foi capaz de relegar os privilégios de uma carreia executiva bem sucedida
em prol da defesa dos recursos naturais.
José Lutzenberger, maior ambientalista brasileiro |
José Lutzenberger
lutou até os 75 anos de idade por um mundo melhor. Tratava com muito amor tudo
que tivesse relação com o ambiente natural. Dia desses recebi de sua filha Lilly um vídeo para assistir, ainda inédito para
mim, onde ele explicava em detalhes a importância da poda correta de árvores.
Uma verdadeira “Aula de Botânica”, coisa que só podia ter partido de um gênio. Impressiona o carinho com que ele trata o tronco da árvore recém amputada,
com aplicação de formulação específica para amenizar o ferimento e proteger o
mesmo da contaminação externa. Vale a pena assistir.
Árvores Urbanas - Cuidar sem Agredir
Algumas obras de Lutzenberger |
E para homenagear os
quinze anos da morte do maior ambientalista brasileiro, preparei nos últimos três
anos um resgate de textos significativos do LUTZ. A publicação deverá acontecer
antes do final do ano e, em breve terão noticias a respeito. Por enquanto, fica
o registro deste 14 de maio tão expressivo; pelo menos para mim.
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